Introdução: A psicologia enquanto ciência se tornam um desafio na formação do profissional ainda na graduação. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Psicologia orientam uma formação generalista devido ao fato desta diversidade de campos e possibilidades de atuação. Dentre esses campos a Psicologia Organizacional e do Trabalho se torna um caminho em nossa profissão. O presente trabalho tem por objetivo apresentar a importância do outplacement, como uma ferramenta estratégica para a humanização do processo de desligamento.

Método: Trata-se de uma pesquisa de campo, que fundamentou-se na elaboração de um questionário semiestruturado, aplicado para profissionais da área de recursos humanos ou gerencia. A população alvo do estudo foi formada por 10 profissionais que coordenam às áreas de recursos humanos de empresas da região de Ubá-MG, estes ocupam níveis e cargos diferentes em suas respectivas empresas.

Resultado: Os resultados demonstram que, quando indagados sobre o departamento de recursos humanos humanizar o processo de desligamento com o propósito de minimizar a tensão e o sofrimento que o colaborador que está sendo desligado pode estar sentindo, 60% dos profissionais entrevistados afirmaram humanizar o processo de desligamento e 40% não. Quanto a aderência do programa nas organizações, os dados apontam que nenhum dos colaboradores utilizam o processo de desligamento humanizado, ou seja, 100% das empresas não apresentam programas de outplacement como uma ferramenta estratégia frente as demissões.

Conclusão: Deste modo, podemos afirmar que, ser eficiente no planejamento e na execução dos desligamentos pode ser uma postura estratégica para a avaliação da própria empresa sobre os pontos a serem melhorados, bem como, contribuir para que este novo colaborador tenha sucesso em sua carreira profissional e pessoal.             Estudos apontam que “as instituições que adotam a esta política (outplacement), visam a recolocação deste ex-funcionário a outras instituições”. No presente trabalho, embora as organizações afirmaram não aderir a esta política; percebe-se que 60% dos gerentes buscam humanizar o processo. Já 40 % não. Exigir práticas de outplacement neste momento talvez seja algo utópico, a própria pesquisa aponta a baixa aderência dessa prática pelas organizações. No entanto, tratar dos processes de desligamento com maior sensibilidade é algo extremamente necessário para minimizar os sentimentos negativos que os trabalhadores dispensados estão sentindo.