Introdução: A logoterapia, de acordo com Frankl (2017) denota-se ser, uma psicoterapia centrada na pessoa e sua capacidade de adquirir autorregulação de valores formulando caminhos ao sentido de vida. O referido teórico em sua grande obra, o livro Sentido de Vida afirma que existem três direções para se chegar ao sentido da vida esgrimindo-as como criação de um trabalho ou realização de uma ação; experimentação de algo ou ir de encontro a alguém e transformação de tragédia pessoal em triunfo. Sua contribuição como psiquiatra e ser humano é imprescindível, provocando ser fundamental, tecer reflexões na área da Psicologia acerca desta estratégia libertadora de intervenção clínica. Objetivo: Neste viés, este estudo, implica em promover reflexões acerca das contribuições de Viktor Frankl por meio da Logoterapia, como estratégia viabilizadora ao sentido da vida. Metodologia: Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica no intuito de oportunizar análises críticas em base nos estudos em logoterapia e sua relação com sentido de vida, assim como, as contribuições do precursor desta, Viktor Frankl, para a formação de seres humanos  capazes de autorregularem seus valores, a fim, de ir de encontro à própria felicidade. Resultados e discussão: No livro Em busca de sentido, Frankl relata as memórias de ter sido prisioneiro na Alemanha, observando a si mesmo e os outros no campo de extermínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Dividido em duas partes, a obra resume os sentimentos e a vida no campo de concentração desde a recepção até a libertação; sendo a segunda parte destinada aos conceitos fundamentais da Logoterapia, teoria criada pelo exímio psiquiatra, onde “logos” significa sentido. Diversos instrumentos têm sido aplicados com o objetivo de mensurar o sentido de vida quando associados a um grupo de estudo específico, como participantes do Alcóolicos Anônimos (Nogueira at al, 2015), adolescentes (Duarte, 2007), pessoas idosas (Oliveira e Silva, 2013), jovens universitários (Almeida, 2010), demonstrando os mais diversos resultados, por exemplo, no estudo com idosos “a presença de sentido se apresentou como recurso promotor de bem-estar psíquico no idoso, reduzindo assim, o mal-estar na amostra” (Oliveira e Silva, 2013); já na amostra sobre álcool em relação ao questionamento “costuma tomar bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca?” apresentam médias maiores do fator Presença de Sentido quando comparados aqueles que responderam negativamente e uma média também superior no fator Busca de Sentido (= 31,7) comparados a da população geral (= 20,8; T(34) = 3,07, p <0,01). Conclusão: Conclui-se que, conforme Kroeff (2011), na logoterapia, o ser humano é conceptualizado como um ser livre, capaz de tomar consciência desta liberdade, e de agir responsavelmente, motivado pelo que considera os sentidos de sua vida. No âmago da Psicologia, esta forma de psicoterapia, amplia a capacidade da pessoa em perceber todas as possibilidades existentes de sentido em sua vida, escolhendo-as e, por conseguinte, realizando as quais considera mais significativas. Destarte, não se pode negar o benefício que a teoria representa, posto que pode ser utilizada nos mais diversos campos de estudo, contribuindo para o bem estar e diminuição do sofrimento do indivíduo, pois auxilia-o a encontrar um sentido para a vida.