Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol II (2017)

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Processos de adoecimento ou sofrimento psíquico nas organizações
Luciana dos Santos Montini Oliveira, Valdnírio Gonçalves Pires, Patrícia de Oliveira Cardoso

Última alteração: 2017-09-20

Resumo


RESUMO

Introdução: Entende-se como sendo fundamental o trabalho para o sujeito e sua sobrevivência. Com o passar do tempo, o trabalho vem sofrendo modificações, o que torna necessário a capacitação do indivíduo. Mas, às vezes o indivíduo é obrigado pelas circunstâncias a realizar atividades para as quais não está qualificado, correndo o risco o de ser substituído por outra pessoa capacitada. Devido à competitividade o sujeito passa a se sentir incapaz, marginalizado, excluído dos processos sociais de seu grupo. Ele pode com isso, ir se isolando e desencadear várias patologias. Objetivo: Pesquisa  fundamental qualitativa  acerca do processo de adoecimento ou sofrimento psíquico do sujeito nas organizações. Métodos: Pesquisa básica de objetivo exploratório, utilizando artigos, livros, estudos feitos e materias das Disciplinas de Psicologia Social, Psicopatologia e Psicologia Organizacional e do Trabalho II. Resultados: Segundo Albornoz (1994), relata que a palavra trabalho está carregada de significações, sendo algumas delas satisfação, realização, ou por outro ponto de vista, sofrimento, tortura, repetição, dor, entre outros, e acompanha a história. Deste modo não é o aparelho psíquico que aparece como primeira vítima do sistema, mas, sobretudo o corpo dócil e disciplinado, entregue sem obstáculos, à injunção da organização do trabalho, ao engenheiro de produção e à direção hierarquizada do comando. Corpo sem defesa, corpo explorado, corpo fragilizado pela privação do seu protetor natural, que é o aparelho mental. Corpo doente, portanto, ou que corre o risco de tornar-se doente. (DEJOURS, 1992 p. 19). Um sujeito que desempenha uma função apenas por necessidade de trabalhar, sem oportunidade de escolha, não conseguindo identificação com a atividade; ou até mesmo pela alienação ao trabalho, pode acabar adoecendo. Tal sofrimento, pode ser uma das razões pelas quais as pessoas desenvolvem algum tipo de patologia. Com isso, se dá a importância da psicopatologia do trabalho que avalia a forma de trabalho e como ela se dá para cada indivíduo, por estar presente no psquismo. Freud traz ainda que todo trabalho escolhido livremente é para ser a fonte de prazer ou não para o sujeito. [...] Nossa vida psíquica normal apresenta oscilações entre uma liberação de prazer relativamente fácil e outra comparativamente difícil, paralela à qual ocorre uma receptividade, diminuída ou aumentada, ao desprazer. (FREUD, 1930 p.86). Resultados: Torna-se imprescindível o cuidado dentro das instituições, o psicólogo necessita ter um olhar diferenciado frente ao sofrimento psíquico,  precisa ter a atenção voltada para a promoção da saúde, respeitando a subjetividade,  o bem-estar e a saúde do sujeito, propondo estratégias defensivas que garantam a viabilidade de ações promotoras na saúde mental do sujeito.

PALAVRAS-CHAVE

Adoecimento, sofrimento psíquico, sujeito