Última alteração: 2017-09-19
Resumo
Introdução: A doença das valvas no Brasil representa uma parcela significativa das internações por Doenças Cardiovasculares, perdendo apenas para o infarto agudo do miocárdio, da qual tem um numero de óbitos em cerca de 85.939 pessoas em média por ano. A valvopatia é um defeito na qual uma ou mais valvas cardíacas não funcionam apropriadamente, tendo como principais etiologias: a febre reumática; responsável por 70% dos casos; anomalias congênitas e calcificação. Sendo mais acometido em homens, fumantes, dislipidêmicos, portadores de hipertensão e diabetes. O papel das valvas cardíacas é ser responsável por evitar o refluxo sanguíneo dos ventrículos para os átrios na sístole, pelas valvas mitral e tricúspide, e na diástole da artéria aorta e o tronco pulmonar para os ventrículos. Quando esse mecanismo é comprometido, acarreta uma má perfusão sanguínea tendo como principais sinais a dor, fadiga, arritmia, palpitações, síncope, dispneia e angina e, além disso, os pacientes tem alterações na função física, autoestima, imagem corporal, relações sociais e uma série de atividades diárias. Hoje o tratamento das valvopatias é baseado em fármacos, que tem como objetivo a redução da evolução para insuficiência cardíaca que leva a edema pulmonar e insuficiência hepática, além de outros sintomas causados pela doença. Mas a única proposta efetiva e definitiva é a correção cirúrgica.
Objetivo: Realizar uma revisão sobre a fisiopatologia valvar, as suas principais alterações, etiologias, principais métodos de diagnósticos e tratamento.
Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, em periódicos científicos, no período dos últimos 5 anos, em base de dados pubmed e outros, buscando identificar os critérios traçados no objetivo.
Resultados: De acordo com o artigos do SciELO feito partir dos dados recolhidos no Ambulatório da Unidade Clínica de Valvopatias do InCor maioria dos pacientes são mulheres (871 acometidos em um total de 1.435 consultados = 60,7%) e idosos (maiores de 60 anos) correspondem a 40,9% (587 acometidos para 1.435 consultados) dos acometidos no InCor. Pode-se observar que a doença cardíaca valvular, a partir de 1960, teve um pico de casos dessa doença. Em 1980 ocorreu um crescimento do número de publicações e partir de então a quantidade de casos foi decresceu até 2010-2013. Foi detectado a partir de estudos pela InCor a prevalência da valvulopatia mitral que é cerca de 2% e aumenta claramente a partir de 65 anos, logo é claro uma defasagem na assistência aos idosos. Através desse estudo foi detectado que mulheres são as maiores acometidas por valvulopatia.