O objetivo deste trabalho foi discutir sobre as conseqüências do uso de drogas e a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis durante a gravidez. O método utilizado foi um estudo exploratório, de caráter quantitativo, sendo feito um levantamento nos prontuários da instituição Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE-UBÁ MG no setor de estimulação precoce, onde freqüentam crianças de 0 à 4 anos. Durante o levantamento, buscou-se as informações sobre a gestação de cada criança e se durante essa gestação ocorreu uso de drogas de abuso e se a genitora é ou foi portadora de alguma doença sexualmente transmissível. Foram pesquisados cinqüenta e dois prontuários, entre os quais  foram encontradas  treze crianças em que as genitoras fizeram uso de drogas de abuso e teve DST's durante a gestação. Dentre os diagnósticos dessas crianças, foi encontrado:  paralisia cerebral e esquizencefalia, paralisia cerebral e tetraplégico, atraso de fala, microcefalia e sífilis congênita, hidrocefalia, hidranencefalia por causa da sífilis congênita, atraso psicomotor, sífilis congênita, dificuldade na fala e sífilis congênita. Os resultados encontrados neste estudo mostram a relação entre o uso de drogas e a ocorrência de DST’s na gravidez com seqüelas no neurodesenvolvimento das crianças. Acredita-se na importância de um trabalho preventivo com as gestantes, especialmente no âmbito das políticas públicas.