Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol II (2017)

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A Psicologia na Escola: relatório final de experimentação
Leon Dutra Paiva, Jefté Moraes Souza

Última alteração: 2017-09-16

Resumo


A Psicologia possui um campo plural de atuação, um destes é a Psicologia Escolar. Para entendermos qual o papel da Psicologia na instituição escola, fizemos, na disciplina de estágio supervisionado obrigatório, em uma instituição escolar de ensino fundamental pública de gestão municipal, esta experiência profissional. Desde o primeiro momento percebeu-se a necessidade de uma postura crítica para problematizarmos modos outros de educar e o papel da instituição escolar no processo de subjetivação. Para isto, foram produzidos diversos encontros, entre colegas e entre a instituição, que sintetizaram uma produção final da experiência de campo. Partindo do pressuposto da importância do Psicólogo Escolar como aquele que não pretende visar o “aluno problema”, a ida a campo foi definida pelos professores após uma revisão bibliográfica que ampliou as possibilidades de atuações. Após essa etapa, determinou-se que encontros semanais de uma hora para supervisão seriam necessários para problematizações de situações experienciadas nas quatro horas de estágio feitas durante a semana, sendo a supervisão às segundas-feiras e a ida a campo nas sextas-feitas. Foram realizadas onze visitas à escola onde se problematizou o contexto escolar, especificamente a questão complexa que envolvia o corpo docente e discente baseada em relações de forças que envolviam um campo plural: trata-se da relação entre o sujeito emancipado que age e um limite que opera como fronteira. Identificou-se que é preciso romper com a produção de subjetividade que capturam os corpos e mudar o modelo curativo da escola. A análise crítica, a partir da inserção, demandou uma série de ações: querer conhecer (conhecer melhor), analisar as relações que estabelecemos e produzir uma análise histórica do campo. O trabalho proposto procurou romper com os processos de rotulação que prendiam o sujeito em uma forma e, ao mesmo tempo, buscar um campo de intensidades que antecede às naturalizações. Identificou-se uma captura capaz de produzir um fracasso escolar. Entendemos que a violência praticada por uma instituição é reproduzida pelos subordinados a ela. Sabendo disso, orientamos os trabalhos com um cronograma, construído em conjunto com a instituição. A partir da produção do calendário os encontros objetivaram a observação das relações instituídas e a promoção, coletivamente com outros profissionais, de modos para que as potencialidades pudessem se efetivar no dia a dia da escolar.


Palavras-chave


Psicologia escolar; estágio; relato de caso; modos outros