Última alteração: 2017-09-01
Resumo
Introdução: O presente trabalho, realizado no 7° período de Psicologia com apoio da disciplina Psicologia Hospitalar, tem como objetivo relatar as experiências dos familiares advindas deste processo e sua contribuição para a construção da identidade. Metodologia: Trata-se de uma metodologia ativa, a qual se fundamentou numa entrevista de estruturação livre, realizada com a mãe de um paciente, a mesma descreveu suas experiências numa sala sem estímulos externos que viesse atrapalhar. No qual realizou-se por livre e espontânea vontade, podendo abandonar a entrevista a qualquer momento. Resultado: No ato da entrevista a mãe descreveu momentos detalhados de sua experiência, desde o nascimento de seu filho à morte do mesmo, apresentando a órbita da doença: a negação, revolta, depressão e enfrentamento. Discussão: Deste modo, o presente diálogo apresentou experiências adversas aos pensamentos do senso comum, os quais descrevem um certo apoio vindo da equipe multiprofissional do hospital. Descrevendo as negligências dos atendimentos, pode-se observar o quanto o profissional de psicologia se encontra, se esquecendo de acolher o sujeito que sofre de forma externamente ou silenciosamente. Como descrito no livro "Manual de Psicologia Hospitalar: O Mapa da Doença", os olhos de um psicólogo são para ver além do biológico, ou seja, o psicólogo não dirige a vida do paciente, mas dirige o tratamento. Sendo assim, o psicólogo deveria surgir como apoio nos diversos momentos no meio hospitalar, uma atitude não vivenciada pela mãe e familiares na situação apresentada. Conclusão: Contudo, observa-se a falta da sensibilização pelo o outro, ao ponto de negar o acolhimento aquele que sofre, um ato de obrigação do profissional, pois "em vez de doenças existem doentes" (Perestrello, 1989), e familiares que necessitam deste lugar, lugar este que deve ser proporcionado pelo profissional em seu âmbito de atuação.