Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol II (2017)

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Psicologia hospitalar: processos em formação na graduação
Romário Machado Ferreira, Rafaela Tolomeu, Alexandre Augusto Macedo Correa

Última alteração: 2017-08-26

Resumo


Introdução: Os diversos campos da psicologia tornam-se um desafio na formação do profissional ainda na graduação. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Psicologia orientam uma formação generalista devido ao fato desta diversidade de campos e possibilidades de atuação. Dentre esses campos a Psicologia Hospitalar se torna um caminho em nossa profissão. O presente trabalho busca apresentar um estudo sobre a Unidade de Tratamento Intensivo - Neonatal e o setor de Pediatria, realizado no 7° período de Psicologia, na disciplina Psicologia Hospitalar, cujo objetivo foi identificar através da escuta direta, os conteúdos base do dia-a-dia profissional.

Metodologia: Trata-se de uma metodologia ativa, a qual se fundamentou em uma entrevista de estruturação livre, realizada com uma mãe, com experiência e vivência de internações hospitalares do seu filho, em sala de aula.

Resultado: O resultados desta experiência demostrou que a entrevistada apresentou uma experiência negativa com a atitude dos profissionais de saúde (falta de empatia, burocracia, controle nas visitas, “frio” com as informações sobre a situação do filho, etc.) do que com as respostas emocionais do filho ou o próprio processo de adoecimento, pois, diante da fragilidade a mesma dependia do auxílio da equipe médica. O resultado dessa “falta de cuidado” são expressados pelos sonhos, postura corporal, das respostas emocional e dos discursos, como: “faça sua formação valer apena, olhe na alma, pois as pessoas precisam apenas ser ouvida”. Tais discursos foram recorrentes no ato da entrevista.

Discussão: Dentro deste cenário, percebeu-se que os conceitos da disciplina Psicologia Hospitalar apresentados em sala, aliados ao entendimento da abordagem Humanista, contribuíram de forma significativa para o entendimento do caso. Um dos conceitos apresentados foi o Imaginário e o real. O primeiro remete a  simbolização, o ideal para o sujeito, essa representações mentais contribuem significativa para o desenvolvimento do afeto. No caso é apresentado uma mãe que não planejou o nascimento, mas ao aceitar, passou a idealizar um “padrão de filho” e atribuir sonhos ao seu imaginário. Já o real se tornou uma quebra da expectativa do casal, chocando-os com a realidade do descuido médico no processo de gestação e do nascimento. Essa intercorrências desencadeou na família: Ansiedade, medo da morte, sentimento de culpa, preocupações;  fatores que podem desencadear alterações psíquicas se não ter um cuidado em saúde mental.

Conclusão: Portanto, afirmamos que o Hospital convoca ao psicólogo a todo momento, para atuar em prevenção e promoção de Saúde. Porém, deve ser repensado o seu fazer? Como fazer? E, com qual objetivo? Hoje a cliente entrevistada tem o apoio do profissional de Psicologia e da Psiquiatria, no qual está inserida em um ambiente que lhe proporciona uma escuta, local que visa acolher sua família de forma Humanizada centrada em seus interesses, buscando revelar seu potencial, sua  plenitude e ser mais intimo e harmonioso com sua natureza. Sendo que o Homem é um Arquiteto de si mesmo. ( Rogers)


Palavras-chave


Psicologia Hospitalar; Pediatria; Tratamento Humanizado