Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol II (2017)

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Qualidade de vida na terceira idade em projeto de exercício físico em Ubá-MG
Daniele Cristina Albano, Sabrina Fontes Domingues, Gustavo Leite Camargos, Alexandre Augusto Macedo Correa

Última alteração: 2017-08-25

Resumo


O crescimento da população considerada idosa tem levado a sociedade a refletir significativamente sobre o envelhecimento e seus segmentos. É um processo acompanhado de alterações fisiológicas que aumentam a susceptibilidade às doenças e incapacidades, comprometendo a independência e qualidade de vida do idoso. Entretanto, a prática de exercício físico é capaz de tornar o envelhecimento bem-sucedido e mais saudável. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo verificar a percepção da qualidade de vida em idosos participantes de exercícios físicos na cidade de Ubá, Minas Gerais, comparando com idosos sedentários. Metodologia: Para isso, foi aplicado o Questionário Internacional de Atividades Física (IPAQ) versão curta. Os resultados foram classificados inicialmente em duas categorias (Grupo 1 e Grupo 2). Em seguida, foi aplicado o questionário WHOQOL breve, versão em português, que contém 26 questões fechadas. Para a análise dos dados foi utilizado o software InfoStat® com análises de estatística descritiva, teste Qui-quadrado e Correlação de Spearman, buscando identificar a relação entre as frequências das variáveis categóricas do IPAQ e as variáveis categóricas do WHOQOL. Resultado: A população do estudo foi constituída de 51 idoso, cuja idade variou de 60 à 89 anos, com média de idade de 70,02 (±8,13) anos. As mulheres representaram 75% dos entrevistados. Ao ser realizado a análise do IPAQ curto, que avalia o nível de atividade física, a amostra ficou dividida nas categorias Ativo (49%) com média de idade de 68 (± 6,08) anos, Insuficientemente Ativo (31%) com média de idade de 65,38 (± 4,18) anos e Sedentário (20%) com média de 82,50 (± 4,06) anos. A categoria Ativa foi representada por 92% de mulheres, já a Insuficientemente Ativa por 63% e a Sedentária por 31%, sendo está a que mais conteve representantes do sexo masculino (69%). Foi possível perceber que, ao serem categorizados pelos grupos de idade, o grupo entre 60 e 65 anos apresentou as maiores concentrações de valores tanto na categoria de Insuficientemente ativos quanto Ativos. A concentração de sedentários foi nas últimas categorias de idade, ou seja, acima de 76 anos. Não houve pontuação na categoria Muito Ativo na amostra pesquisada. Os resultados do WHOQOL indicaram que, no geral, as médias se mantiveram próximas, não sendo possível observar uma dimensão com resultados acima de 50% em uma classificação Muito Boa ou Boa. Ao serem estratificados por atividade física, ainda de forma descritiva, verificou-se que, as dimensões, exceto Meio Ambiente, apresentaram valores acima de 50% na categoria Muito Bom e Bom (Físico – 68% bom; Psicológico  - 64% bom; Relações sociais – 60% bom; Percepção da QV – 56% bom e 40% Muito bom; Satisfação com a saúde – 68% bom). Ao se realizar o teste de correlação entre as variáveis categóricas do IPAQ e do WHOQOL, observou-se que, no caso das mulheres houve forte correlação (p<0,05), enquanto que, para os homens, esta correlação não foi significativa (P>0,05). Dentre as categorias apresentadas pelo WHOQOL, observa-se uma maior correlação nas dimensões Percepção da Qualidade de Vida e Satisfação com a saúde. Conclusão: Na amostra pesquisada foi possível perceber que ser do sexo feminino e ativo fisicamente, influencia na percepção da qualidade de vida e satisfação com a saúde. Assim, a prática de exercício físico pode ser importante para a melhoria da qualidade de vida dos idosos, bem como de sua satisfação com a saúde e com as relações interpessoais.


Palavras-chave


Qualidade de vida; Idoso; Exercício físico; Envelhecimento.