Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol II (2017)

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Mecanismo de Agressão e Defesa e sua correlação com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
Maria Eduarda Gouveia, Matheus Costa Cabral

Última alteração: 2017-08-25

Resumo


Introdução: As infecções hospitalares ganham cada vez mais destaque na area médica pela sua ampla e fácil disseminação, causando um grande impacto na saúde da população. Neste contexto, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) surgiu como uma forma de monitoramento e prevenção dessas infecções.

Objetivo: O presente artigo objetiva correlacionar a disciplina “Mecanismos de Agressão e Defesa II” e a CCIH para enfatizar a relevância do estudo deste conteúdo no curso de Medicina.

Métodos: Foi realizado um estudo transversal, com análise qualitativa do plano de ensino da disciplina “Mecanismos de Agressão e Defesa II” ministrada na Faculdade Governador Ozanam Coelho, localizada em Ubá, MG.

Resultados: A avaliação do plano de ensino indicou que ao término dessa disciplina, o aluno adquire um conhecimento sólido a respeito da patogenicidade das bactérias e de suas estratégias de resistência a antimicrobianos, que podem aumentar o risco de infecções hospitalares. Diante destes conceitos, os discentes são conscientizados sobre os riscos do uso indiscriminado de antibióticos pela população, a necessidade da escolha criteriosa da estratégia terapêutica pelo médico e a importância da atuação da CCIH.

Discussão: A disciplina Mecanismos de Agressão e Defesa II ministrada na Faculdade Governador Ozanam Coelho possui o objetivo geral de dar uma base de conhecimento sobre bactérias e vírus de importância médica aplicados aos problemas da prática clínica. Suas habilidades e competências estão relacionadas ao preparo do aluno para sua prática clínica futura, pois englobam promoção e atenção à saúde. A CCIH reúne profissionais que tenham conhecimento no assunto de bacteriologia e epidemiologia, para que possam atuar nesse controle de forma mais efetiva. Em hospitais de pequeno porte, a responsabilidade pode ser adquirida por apenas um profissional que detenha tais conhecimentos. Mas nos hospitais de médio e grande porte, a CCIH reúne diversos profissionais como administrador do hospital, enfermeiro, médico clínico e/ou cirurgião, bacteriologista, sanitarista ou epidemiologista, farmacêutico e secretária. As funções destinadas a essa Comissão estão intimamente relacionadas às fontes e causas das infecções hospitalares. A CCIH visa reduzir a incidência de IHs através da análise de dados de disseminação e também através da organização dos antibióticos, que devem ser de primeira e segunda escolha ou até mesmo aqueles que devem ser os de reserva, considerados mais fortes e usados para bactérias multirresistentes. As funções de relevância das CCIHs são o controle do ambiente, do pessoal e de produtos químicos, bem como a elaboração de normas de rotina, a investigação epidemiológica e a realização de reuniões periódicas, tudo isso visando o maior controle da disseminação dos microrganismos.

Conclusão: A correlação entre a disciplina “Mecanismos de Agressão e Defesa II” e a CCIH consiste na capacitação dos futuros profissionais médicos, a fim de os mesmos possam atuar de maneira mais eficaz na prevenção de infecções hospitalares, durante o exercício de sua profissão.


Palavras-chave


infecção nosocomial; comissão de controle de infecção hospitalar; infecções relacionadas a assistência à saúde.