Última alteração: 2016-10-02
Resumo
INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. Buscando superar o chamado modelo hospitalocêntrico, com grande potencial de iatrogenia e estigmatização social, a expansão de cobertura e organização da rede psiquiátrica e a melhor qualificação e efetividade dos serviços assistenciais têm sido as estratégias de escolha nessa perspectiva. Porém, ainda há um longo caminho a percorrer. Os programas de residência multidisciplinar ainda são escassos, e a formação de psiquiatras aptos e vocacionados a trabalhar na rede pública de saúde mental ainda são insuficientes. Assim, é preciso construir, articuladamente com a área de Gestão do Trabalho em Saúde, um programa mais regular, consistente e de longo prazo para a formação e aperfeiçoamento das equipes. OBJETIVO: Descrever os impasses do Sistema Único de Saúde no que se refere ao acesso de pacientes acometidos por enfermidades psiquiátricas no nível secundário. METODOLOGIA: Uma busca de artigos científicos foi feita para o embasamento teórico do tema, cujas bases de dados para pesquisa online foram: Scielo e BVS, além de livros. Os descritores utilizados foram: saúde mental, acesso à saúde mental e qualidade do acesso à saúde mental. Dos artigos encontrados foram selecionados os que estavam disponíveis, em português, relacionados ao acesso e à qualidade dos serviços de saúde mental e os que abordavam de uma maneira geral o tema. Foram excluídos os artigos que falavam de saúde mental nos níveis primário e terciário, os que fugiam completamente ao tema e os que não tratavam da saúde mental brasileira. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O sistema de saúde público brasileiro é marcado pela falta de profissionais psiquiatras capacitados para atender aos pacientes acometidos por enfermidades psiquiátricas, o que culmina em uma enorme demanda para uma escassa oferta. Além do mais, o processo de referenciação da atenção primária para a secundária é lento, o que leva alguns pacientes a abandonar o tratamento.
Palavras-chave: saúde mental; acesso à saúde mental; qualidade do acesso à saúde mental.