Última alteração: 2016-10-02
Resumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar se os graduandos do curso de Educação Física se sentem preparados para atuarem junto às pessoas com deficiência em situação de inclusão, a partir dos subsídios teórico-práticos oferecidos durante a graduação. O estudo caracterizou-se como uma pesquisa de campo, transversal e do tipo quantitativo-descritiva. A amostra foi composta por 121 graduandos do curso de Educação Física de ambos os gêneros, matriculados em uma instituição privada de ensino superior, localizada no interior de Minas Gerais. A coleta dos dados foi realizada, durante o período 10 de junho a 04 de julho de 2016, nas salas de aula e no tempo disponibilizados pelos professores. Empregou-se o questionário “Atitudes dos Futuros Professores de Educação Física face ao Ensino de Indivíduos com Deficiência - (PEATID-III)", como instrumento de coleta de dados. Os dados foram analisados através da exploração descritiva das variáveis (média, desvio-padrão e porcentagem). Foi empregado o teste Komolgorov-Smirnov para verificar a normalidade da amostra. Posteriormente, utilizou-se o teste Mann-Whitney para comparar as médias entre os grupos independentes (masculino e feminino). Para todos os tratamentos adotou-se um nível de significância de p<0,05. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS versão 20. Do total dos participantes 54 eram meninas (23,89+4,07) e 67 eram meninos (23,71+3,92). Os resultados não apontaram diferença estatística entre os grupos analisados (homens e mulheres), porém, o PEATID-III demonstrou que ambos os grupos, feminino (34,43+5,3) e masculino (34,99+4,9), sentem com alguma competência para atuarem junto às pessoas com deficiência em situação de inclusão. Ao analisar as variáveis sobre o contato com a deficiência, a maioria dos graduandos apontaram não possuir experiência extracurricular na área da atividade física adaptada (89,26%), sendo que, 59,50%, afirmaram não ter tido nenhuma experiência no ensino para essa população. Entretanto, atualmente, ainda na graduação, (35,54%) iniciaram contato com o referido público, seja com deficiência física, visual, sensorial ou intelectual. Contudo, os participantes afirmaram ter tido contato com as pessoas com deficiência em algum momento (64,46%).