O objetivo do estudo foi comparar a prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes, segundo o sexo. Foi realizado um estudo descritivo com um delineamento transversal, com alunos de ambos os sexos (n = 42), com idade entre 15 e 19 anos, do ensino médio de uma escola pública da cidade de Tocantins-MG, no segundo semestre de 2016. A coleta de dados foi realizada na própria escola, em uma sala reservada, por um avaliador devidamente treinado para o procedimento. Todos os voluntários passaram por uma avaliação antropométrica, em que foram medidas a massa corporal e a estatura, para o cálculo do índice de massa corporal (IMC), que foi obtido pela seguinte fórmula: IMC = Peso (kg)/ Estatura² (m), sendo os avaliados classificados em sobrepeso e obesidade. A massa corporal dos voluntários foi aferida com uma balança, na qual os mesmos estavam descalços e trajando roupas leves, mantendo-se o peso equilibrado entre ambos os pés. A medida da estatura foi realizada utilizando-se um estadiômetro portátil, em que os voluntários estavam de costas para a fita métrica, com os calcanhares unidos, braços soltos ao longo do corpo e a cabeça devidamente posicionada no plano de Frankfurt. Os dados foram analisados através da exploração descritiva das variáveis estudadas (média, desvio-padrão e porcentagem). Foi realizado o teste t Student, para amostras independentes, na comparação das médias entre os sexos. O teste qui-quadrado foi aplicado para comparar a frequência de sobrepeso e obesidade, segundo o sexo. Para todos os tratamentos, foi adotado um nível de significância de p<0,05. Do total de avaliados, 23 eram meninas (15,95+0,97 anos) e 19 meninos (16,00+1,04 anos), com a média de IMC de 22,76+4,48 kg/m², sendo significativamente maior no sexo feminino comparado ao sexo masculino (p=0,018), com 24,15+5,41 kg/m² e 21,08+2,09 kg/m², respectivamente. Entre os avaliados, 10 apresentavam sobrepeso (24,39%) e 1 obesidade (2,38%). No sexo feminino, 9 apresentavam sobrepeso (39,13%) e 1 obesidade (4,35%). Enquanto entre o sexo masculino, 1 apresentou sobrepeso (5,26%) e não foi encontrado nenhum caso de obesidade. Foi observado diferença estatística entre os grupos em relação as frequências de sobrepeso e obesidade (p=0,019). Assim, conclui-se que a prevalência de sobrepeso e obesidade encontrada no presente estudo foi moderada, sendo maior no sexo feminino comparado ao masculino. Sugere-se a criação de medidas de preventivas entre esse grupo, para que os casos de sobrepeso não se tornem obesidade, pois sabe-se que está doença está associada a diversos fatores de risco cardiovasculares.