Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

Tamanho da fonte: 
NEUROSE OBSESSIVA: Um distúrbio do pensamento.
Jhonathan De Oliveira Feital, Jaqueline Duque Kreutzfeld Toledo

Última alteração: 2016-10-03

Resumo


O presente artigo tem como objetivo geral analisar a neurose obsessiva como um distúrbio que afeta o sujeito atual na sua subjetividade e relações através do pensamento, apontando para o aumento dos sintomas obsessivos nas mulheres. Quanto ao método trata-se de uma pesquisa Qualitativa de finalidade básica, com objetivo exploratório, que utilizou como procedimento técnico para levantamento de dados a pesquisa bibliográfica em livros, artigos.  O resultado parte das explanações de Maria Anita Carneiro Ribeiro sobre o tema. Ela aborda a neurose obsessiva como um distúrbio intelectual onde produz sofrimento psíquico e aponta para os impasses (situações difíceis) do sujeito com o seu desejo inconsciente. O desejo toma relevância porque o sujeito é movido pelo desejo, é através dele que o homem pode criar, inventar, ir além, mudar, transformar a si mesmo e aos outros. É desse desejo que a Psicanálise fala e trata, compreendendo-o como um processo simbólico, que condensa ou desloca a um objetivo seja ele real ou fantasioso. Quando ele não é bem sucedido e o mecanismo de defesa não dá conta de uma determinada situação, causa sintomas, sintomas que se manifestam no pensamento, o “eu penso”, “eu sou o culpado (a)”, causando um excesso de gozo que acarreta a culpa e o auto recriminação, pelo conteúdo que está no inconsciente. O neurótico obsessivo ama e odeia ao mesmo tempo, o que chamamos de ambivalência, é a oscilação entre o amor e o ódio pelos semelhantes, pois tem um eu extremamente forte, o que ocorre quando se sentem ameaçados. A novidade é que a velha Neurose Obsessiva está com uma roupagem nova, aparece como fenômeno pós-moderno nas mulheres, se não de uma estrutura, pode-se dizer de graves sintomas obsessivos. O que convoca a releitura da estrutura, seus sintomas e a própria clinica para compreender esse universo feminino nesta estrutura até então dita masculina, embora Freud já tivesse lá no inicio percebido essa façanha, hoje ela vem forte e de forma peculiar.

Palavras Chaves: Neurose Obsessiva; Desejo e Mulher.