Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

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B. F. Skinner e o Behaviorismo Radical
Ana Lúcia Oliveira, Larissa Matos, Maria Gorete Barros, Natália de Oliveira, Bruno Feital, Jaqueline Duque

Última alteração: 2016-10-03

Resumo


O objetivo geral deste trabalho é expor os principais conceitos do “Behaviorismo Radical”, concebido pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner, juntamente com sua história pessoal e os antecedentes intelectuais que contribuíram para o desenvolvimento de sua abordagem. Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa básica de abordagem qualitativa com objetivos exploratórios realizada através de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema. Resultados: “O Behaviorismo não é a ciência do comportamento humano, mas, sim, a filosofia dessa ciência.” (Skinner, 1982, p. 7). Apesar da estreita relação, Análise do Comportamento e Behaviorismo são coisas diferentes. Análise do Comportamento é uma abordagem psicológica; Behaviorismo é um tipo de filosofia da ciência do comportamento. Skinner foi um homem profundamente preocupado com as questões humanas. Acreditava ser possível conhecer o homem e a natureza humana de uma forma muito mais profunda que a proposta pela psicologia de sua época. Enquanto muitos sustentavam concepções de que o comportamento humano é muito complexo para ser estudado cientificamente, ou de que a subjetividade humana está além do alcance da ciência, Skinner trabalhou arduamente em seus laboratórios, mostrando a viabilidade de uma ciência do comportamento e da inclusão dos fenômenos "subjetivos" nessa ciência. Com esse esforço, produziu conhecimentos que hoje servem como base para a atuação de psicólogos nas mais diversas áreas: na clínica, nas organizações, nas escolas, no contexto hospitalar, nos esportes, na educação especial, no tratamento do autismo, nos laboratórios de pesquisa psicológica (com animais ou humanos), na psicofarmacologia, na psicologia jurídica, no auxílio às crianças com déficit de aprendizagem ou de atenção, etc. Skinner, em seus estudos sobre o comportamento humano, teve contribuições de alguns autores como, por exemplo, Watson e Pavlov. Mas ao passo que analisava as ideias desses autores, discordava e criticava. A partir disso desenvolvia suas próprias ideias e opiniões. Definiu o behaviorismo como “[...] uma proposta que torna possível uma abordagem experimental do comportamento humano... Ele pode necessitar de esclarecimento, mas não necessita ser questionado. Não tenho dúvidas sobre o triunfo eventual da posição – não que será provada sua validade, mas que ela fornecerá o caminho mais direto para uma bem sucedida ciência do homem.” (Skinner, 1976, p. 409-410).

 

Palavras-chave: Behaviorismo; Psicologia; Skinner; Análise do comportamento.