Segundo o Censo da Educação Superior, o Brasil possui 2.368 instituições de ensino superior atualmente. De acordo com o levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) em dezembro de 2015, há 301 instituições públicas de ensino superior e 2090 privadas. Esse número cresce consideravelmente e, diante dessa competitividade, as particulares precisam criar estratégias para conquistar e reter o aluno. De acordo com dados do Ministério da Educação, em 2010, apenas 46% dos alunos que ingressavam no Ensino Superior se formavam em quatro anos. Esses dados revelam um número bem preocupante uma vez que gera gastos financeiros tanto na particular como na pública. Portanto, se faz necessário realizar pesquisas voltadas para analisar as principais causas da evasão dentro de um estabelecimento de ensino superior e traçar um perfil do aluno que evadem, levantando das principais causas dessa situação.

Atualmente o Ensino Superior no país passa por constantes modificações. Observamos que o acesso a essa modalidade de Ensino está a cada momento de ampliando através de políticas públicas voltadas para o ensino superior tanto no âmbito federal quanto na iniciativa privada. De acordo com a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, esse aumento de instituições particulares de ensino superior se dá pelo incentivo do Governo Federal em expandir o ensino superior no país. Contudo, além da ampliação observamos um outro fenômeno que seria um grande nível de evasão das Instituições de Ensino Superior (IES).

O crescimento da concorrência vem fazendo com que as IES privadas realizem grandes esforços, não só na conquista de novos alunos, mas também na implementação de estratégias de retenção e manutenção de alunos.

Partindo desse pressuposto, o objetivo desse trabalho é analisar acerca do processo de retenção e evasão de uma Instituição de Ensino Superior da região de Ubá. Para isso, devemos realizar uma análise das ferramentas que a Instituição de Ensino Superior utiliza para a retenção dos alunos, levantar o perfil dos alunos que evadem dentro dessa instituição. Teremos como análise toda a bibliografia específica sobre retenção e evasão escolar dentro de um Instituto de Ensino Superior, a partir daí, faremos um trabalho de campo com observação participante, uma entrevista com os responsáveis pelo departamento de retenção na Instituição de Ensino Superior e as ferramentas adotadas por esses para evitar a evasão;  a partir daí, faremos uma análise de dados sobre evasão e retenção de uma Instituição de Ensino Superior.

Pensando nisso, devemos confrontar o discente com o problema, e promover uma análise sobre a sua escolha. Esse processo deve ser acompanhado por um profissional capacitado que poderá contribuir não só para a retenção, mas também para a humanização do processo e a construção de dados mais fidedignos sobre a evasão. Desse modo, a preparação da Instituição de Ensino quanto a retenção e a evasão deve ser cotidiana para evitar problemas de perda de alunos constantes. Dessa maneira, temos uma nova versão acerca da culpa da desistência escolar, que sai exclusivamente do aluno e vai ocupando outras instâncias dentro do IES. Portanto, a permanência do aluno deve ser considerada uma questão institucional e os IES devem articular novas políticas para a permanência do aluno em sua instituição.