Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

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MICROORGANISMOS ANAERÓBIOS, UMA SINGELA ABORDAGEM DA FISIOPATOLOGIA, MECANISMOS DE VIRULÊNCIA,MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO DAS PRINCIPAIS BACTÉRIAS PATOGÊNICAS
Melissa Paro Pereira Brega, Maria Eduarda Gouveia, Matheus Costa Cabral, Juliana Alves Resende

Última alteração: 2016-10-02

Resumo


Introdução: As bactérias anaeróbias são definidas como microrganismos que vivem em meios de baixa tensão de O2, ou seja, não necessitam do mesmo, seu metabolismo trabalha em meio a ausência de oxigênio(o2) e luz para o crescimento, e usam a fermentação para adquirirem energia, sendo muitas delas membros da microbiota normal do ser humano, ou agentes causadores de doenças, classificadas em: microorganismos anaeróbios facultativos ou anaeróbios  estritos  (propriamente estrito ou aerotolerantes).

Quanto à metodologia, O estudo trata-se de uma revisão de literatura, na qual as fontes consultadas foram: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), manual do botulismo do ministério da saúde, Departamento de Microbiologia Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e o livro: TORTORA, Gerard J. Microbiologia – 10ª edição - Porto Alegre: Artmed, 2012 .

Objetivos gerais: O objetivo do presente estudo é fazer uma breve descrição atualizada referente a antibioticoterapia, as principais manifestações clínicas e os mecanismos fisiopatológicos dos principais bacilos (ou bastonetes) anaerobios, que são problemas de saúde pública e sua contaminação leva a sérias complicação, como o Clostridium botulinum; Clostridium tetani; Clostridium perfringens e Clostridium difficile, todos formadores de esporos e produtores de toxinas: neurotoxinas, alfatoxinas, enterotoxinas e citotoxinas, que causam sérios agravos ao hospedeiro e tem uma epidemiologia bastante abrangente em todos os continentes, e na maioria das vezes, a contaminação está ligada alimentação. Bem como fazer uma abordagem dos mecanismos de virulência desses patógenos, que são muitos.

Resultados e discussão: As bactérias anaeróbias associadas ao homem são, predominantemente, fermentadoras e têm vantagem, tendo em vista a enorme diversidade de substratos que podem ser utilizados. Sabe-se que o oxigênio molecular é potencialmente tóxico para todos os seres vivos. O fato de algumas bactérias serem sensíveis a ele está ligado à incapacidade destas de eliminar os produtos do metabolismo do oxigênio molecular. A enzima superóxido dismutase (SOD), envolvida na eliminação do ânion superóxido, é a principal enzima envolvida na maior resistência dos anaeróbios estritos ao oxigênio. Quanto maior é a atividade dessa enzima em anaeróbios, maior é o tempo de sobrevivência destes em ambientes com oxigênio. No que tange ao tratamento, concluímos que a resistência conferida pela produção de ß-lactamase em vários patógenos anaeróbios tem aumentado consideravelmente. Essas enzimas determinam resistência natural a várias penicilinas e cefalosporinas. 4 grupos de drogas são ativos contra, virtualmente, todas as bactérias anaeróbias de importância clínica. Eles são: nitroimidazóis, carbapenens, cloranfenicol ou tianfenicol e combinações de drogas ß-lactâmicas (penicilinas e cefalosporinas) com inibidores de ß-lactamase. Os bacilos Grampositivos anaeróbios não-formadores de esporos são, comumente, resistentes aos nitroimidazóis. 3 outras drogas apresentam boa atividade, mas são menos ativas do que os quatro grupos mencionados anteriormente. São elas: cefoxitina, clindamicina e penicilinas de amplo espectro (ureidopenicilinas e carboxipenicilinas).