Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

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Empatia e modelo familiar
Alexandre Augusto Correa, Cecilia Segheto Reis, Laura Vieira de Castro, Carlos Heitor Costa Bragato, Gustavo Leite Camargos, Cristina Toledo

Última alteração: 2016-10-02

Resumo


Para alguns autores, empatia é a capacidade de nos identificarmos com outras pessoas, experimentando sentimentos que outros manifestam ou viver mentalmente situações que desejaríamos experimentar.
O "sentir com os outros", constitui o que conceituamos de simpatia. Para simpatizarmos inteiramente com outras pessoas é necessário o exercício da imaginação, precisamos nos colocar em seu lugar e encarar as coisas de seu ponto de vista. E para que o processo seja completo precisamos saber como lidar com a situação que influi em nossos amigos; precisamos da experiência na conduta cooperadora. Empatia, contudo, significa mais "sentir o que se passa no íntimo", portanto algo mais profundo que simpatia. "Pode ser que uma pessoa não esteja experimentando nenhum sentimento, mas esteja vivenciando uma situação que despertaria em nós, caso estivéssemos no lugar dela, um sentimento apropriado para aquela situação, identificando-nos com a pessoa. O sentimento da empatia se manifesta no comportamento externo". A dinâmica familiar é composta pelas práticas parentais, afiliação afetiva pais-filhos e o valor atribuído à instituição família como condição para o desenvolvimento social e psicológico de seus membros. Apesar da sugestionada crise psicossocial que esta instituição vem passando, ainda se acredita que ela é importante no processo de intervenção e investimentos de condutas socialmente desejáveis, principalmente, quanto ao desenvolvimento da empatia na dinâmica interna familiar. O objetivo dessa pesquisa foi identificar os níveis de empatia associados a modelos familiares em uma amostra de pais e mães com idade de até 30 anos da cidade de Ubá-MG. Além do Inventário de Empatia, foi avaliado o tipo de modelo familiar. A média de idade dos entrevistados foi de 23 anos com DP (2,54). As categorias e análise do inventário de empatia foram, em ordem crescente: muito baixa (1 a 1,5), baixa (1,6 a 2,5), média baixa (2,6 a 3), média (3,1 a 3,5), boa (3,6 a 4,5), muito boa (4,6 a 5). Na dimensão ‘tomada de perspectiva’, a média geral foi de 3,26 e, estratificado para o sexo, a média masculina foi de 3,09 e feminina de 3,37; na dimensão ‘flexibilidade interpessoal’, a média geral foi de 3,84, a média masculina foi de 3,71 e feminina 3,92; em ‘altruísmo’, geral foi de 3.29, masculino 3,24, feminino 3,33; na dimensão ‘sensibilidade afetiva’, a média geral foi de 3,67, para o sexo masculino foi de 3,37 e femino foi de 3,60. No teste estatístico de correlação (Correl), foi possível perceber entre a variável ‘idade’ e as dimensões de ‘empatia’: dimensão 1 (0,75); dimensão 2 (0,43); dimensão 3 (0,75); dimensão 4 (0,52). Ao realizar o teste t-student comparando as médias entre grupos, verificou-se que, na dimensão 2, houve diferença estatística significativa entre as médias dos grupos dos pais que moram com o companheiro apenas e que moram com o companheiro e filhos, apenas; na mesma dimensão os que moram com o companheiro, apenas e os que moram com os pais, apenas; na dimensão 4, entre os grupos que moram com o companheiro, apenas e que moram com os pais, apenas. Os resultados encontrados demonstram a importância o estudo da empatia, principalmente entre grupos que caracterizam possibilidade de diferenças em seus resultados.

Palavras-chave: pais; empatia; psicologia;