Última alteração: 2016-10-02
Resumo
O conceito de Inteligência Emocional, inicialmente teve seu conceito como um tipo de inteligência, relacionada ao processamento de informações carregadas de afeto. Posteriormente, foi detalhada como a resultante de um conjunto de quatro habilidades: percepção e expressão, que é a capacidade de identificar emoções em si mesmo, em outras pessoas e em condições físicas e ambientais; facilitação emocional do pensamento, que é a capacidade de incluir as emoções no raciocínio para resolver problemas; compreensão emocional, que é a capacidade de identificar tipos de situações em que as emoções costumam ser eliciadas, discriminar emoções semelhantes e opostas e o que elas transmitem; e regulação de emoções, que envolve o entendimento das implicações de atos sociais sobre as emoções e controle emocional em si mesmo e no outro. Alunos do curso superior, desenvolvem em seu período de formação, além de conteúdos cognitivos, consideradas competências, as chamadas habilidades, que são resultantes de vivências e experiências que desenvolvem entro outro, as inteligência emocional. O objetivo desse trabalho foi o de analisar a competência emocional desses alunos em certo período de stress (elaboração do trabalho de conclusão de curso). Nessa pesquisa foram entrevistadas 45 pessoas do último período dos cursos de administração, ciências contábeis e direito da instituição FAGOC – Faculdade Governador Ozanam Coelho. Foram coletadas as variáveis idade, sexo e estado civil para testar uma possível associação entre estas e a competência emocional, buscando diferenciar os resultados por curso. A média de idade dos participantes foi de 25,62 anos de idade, com DP de 7,56, compostas de 38% do sexo masculino e 62% do sexo feminino. 53% solteiros, 22% namorando, 9% noivos, 13% casados e 2% viúvos. As dimensões da competência emocional foram categorizadas, de menor para maior nível, em muito pouco, pouco, razoavelmente, bom e muito. Na dimensão ‘percepção das emoções’, 2% apresenta pouca percepção, 49% razoável percepção e 49% boa percepção; na dimensão ‘regulação das emoções de baixa potência’, 9% apresentou pouca regulação, 47% razoável e 44% boa; na dimensão ‘expressividade emocional’, 2% pouco expressividade, 42% razoável e 56% boa expressividade; na dimensão ‘regulação de emoções em outras pessoas’, 7% apresentou pouca regulação, 44% razoável e 49% boa regulação; na dimensão ‘regulação de emoção de alta potência’, 2% apresentou pouca regulação, 49% razoável e 49% boa regulação. Ao serem estratificados por curso, o curso de administração apresentou os maiores escores na categoria quatro (bom) em todas das cinco dimensões (67% em percepção das emoções; 53% na regulação de emoções de baixa potência; 73% em expressividade emocional; 67% em regulação de emoções em outras pessoas; 53% na regulação de emoções de alta potência e, 60% na análise geral). Ao realizar o teste qui-quadrado para avaliar a relação de possível causalidade entre curso e competência emocional, os valores de p-valor não foram significativos, contudo, estado civil e a dimensão 5 ‘regulação de emoções de alta potência’ apresentou um p=0,0024, tornando-se estatisticamente significativo. O teste correl não apresentou resultados significativos. Estes resultados descrevem como a competência emocional em suas dimensões está distribuída na amostra e o quanto o estado civil influência a regulação das emoções de alta potência.
Palavras-chave: competência emocional; psicologia; universitários;