Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

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Competência emocional e Empatia em alunos universitários
Alexandre Augusto Correa, Gabriela Silva Donadoni, Emília Maria Mendes, Letícia Cristina Barbosa Trevizano, Gustavo Leite Camargos, Cristina Toledo

Última alteração: 2016-10-02

Resumo


A empatia é uma capacidade de percepção “mais profunda” dos sentimentos das outras pessoas do que percebemos quando somos simpáticos. É a capacidade de perceber o que se passa no íntimo das pessoas. A empatia exige mais do que somente reconhecer o estado emocional do outro. Nos traz a capacidade de “pensar como a outra pessoa pensaria”, de “sentir como o outro sentiria”, e, principalmente “enxergar as situações e sentimentos como exatamente a outra pessoas vivenciam”. A Inteligência Emocional pode ser definida como a capacidade que um ser humano tem de identificar e lidar com as emoções. A competência emocional, por sua vez, é a capacidade de expressar as emoções para o mundo exterior e saber como construir relacionamentos positivos. Uma pessoa pode ter inteligência e não ser competente, ou seja: ela tem conhecimento sobre determinado assunto, mas não sabe como utilizá-lo apropriadamente. Quando se trata das emoções, uma pessoa com Inteligência Emocional pode não saber como se comportar emocionalmente. A formação acadêmica envolve além da formação cognitiva, a possibilidade de criar espaços para o desenvolvimento das habilidades emocionais, competências intelectuais, dentre outras. Presume-se que, as profissões, por suas especificidades necessitem de maior ou menor desenvolvimento dessas habilidades para melhor prática profissional. Diante disso, o objetivo dessa pesquisa foi o de descrever os níveis de competência emocional e de empatia em uma amostra de alunos do curso de Direito de uma faculdade do interior do estado de MG. A amostra constou de 30 indivíduos, de ambos os sexos, sendo 47% do sexo masculino e 53% feminino. A média de idade foi de 22,57 anos com DP de 4,90. Os alunos avaliados foram do segundo (37%), quarto (30%) e sexto período (33%). As categorias e análise do inventário de empatia foram, em ordem crescente: muito baixa (1 a 1,5), baixa (1,6 a 2,5), média baixa (2,6 a 3), média (3,1 a 3,5), boa (3,6 a 4,5), muito boa (4,6 a 5). Na dimensão ‘tomada de perspectiva’, a média geral foi de 3,25 e, estratificado para o sexo, a média masculina foi de 3,28 e feminina de 3,24; por período, o segundo apresentou méida de 3,11, o quarto 3,33 e sexto, 3,35; na dimensão ‘flexibilidade interpessoal’, a média geral foi de 2,83, a média masculina foi de 2,71 e feminina 2,94, segundo período, 2,70, quarto 2,99 e sexto, 2,83; em ‘altruísmo’, geral foi de 3,47, masculino 3,42, feminino 3,53, segundo 3,41, quarto 3,62 e sexto 3,42; na dimensão ‘sensibilidade afetiva’, a média geral foi de 3,99, para o sexo masculino foi de 4,04, femino foi de 3,96, segundo período foi de 3,75, quarto 4,14 e sexto 4,15. As dimensões da competência emocional foram categorizadas, de menor para maior nível, em muito pouco, pouco, razoavelmente, bom e muito. Na dimensão ‘percepção das emoções’, 7% apresenta muito pouca percepção, 57% razoável percepção, 33% boa percepção e 3% muito boa percepção; na dimensão ‘regulação das emoções de baixa potência’, 7% apresentou muito pouca regulação, 7% pouca regulação, 63% razoável e 23% boa regulação; na dimensão ‘expressividade emocional’, 3% apresentou muito pouca expressividade, 20% pouca expressividade, 60% razoável e 17% boa expressividade; na dimensão ‘regulação de emoções em outras pessoas’, 7% apresentou muito pouca regulação, 7% pouca regulação, 67% razoável e 20% boa regulação; na dimensão ‘regulação de emoção de alta potência’, 20% apresentou pouca regulação, 70% razoável e 10% boa regulação. O objetivo foi atingido, descrevendo os percentuais e médias dos inventários utilizados entre os alunos do curso de Direito.

Palavras-chave: competência emocional; empatia; psicologia; universitários;