Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL V (2020)

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Relato de uma experiência de estágio em Psicologia Escolar.
Thalita Correa Melo, Gabriela Silveira Meireles

Última alteração: 2020-12-08

Resumo


WHATS APP COMO FERRAMENTA DE AUXÍLIO A ALUNOS(AS) E PROFESSORES(AS) NA PANDEMIA:

relato de uma experiência de estágio em Psicologia Escolar

 

Relatório de estágio supervisionado básico da acadêmica Thalita Correa de Melo, discente do 8º período de Psicologia, sob supervisão da professora Gabriela Silveira Meireles. Este relatório abrange o período de 10 de agosto a 25 de novembro 2020, com carga horária total de 90 horas, tendo ocorrido na modalidade remota. Objetivo do Estágio: Auxiliar alunos e professores nas demandas relacionadas saúde mental, bem como, no processo de ensino e aprendizagem durante o período da pandemia do coronavírus. Público-alvo: Professores(as) do Ensino Fundamental I da Escola Estadual Governador Valadares, localizada no município de Ubá/MG. Práticas, procedimentos e intervenções: O estágio foi realizado em três etapas: 1) Foi feito o contato com a diretora da escola, para que fossem levantadas as principais demandas de intervenção da estagiária em Psicologia Escolar e o grupo que mais estava precisando de apoio no momento; 2)  Decidiu-se por fazer um trabalho, por meio de postagens no Instagram, com os(as) professores(as), buscando motivá-los para o ensino remoto; 3) Foram criadas seis postagens na pagina criada – ressignificar_19, com o intuito de orientar e ajudar os(as) professores(as) a enfrentar os desafios da modalidade de ensino remoto, iniciada durante a pandemia. As postagens abordaram 4 atitudes a serem desenvolvidas pelos(as) professores(as) para que a motivação para o trabalho durante a pandemia fosse ressignificada. Foram elas: 1ª ATITUDE: Conhecer-se; 2ª ATITUDE: Superar-se; 3ª ATITUDE: Inovar; 4ª ATITUDE: Desafiar-se. Nelas, foram trabalhadas algumas necessidades fundamentais para a ressignificação do trabalho docente durante a pandemia: 1) a necessidade de conhecer os próprios medos e angústias; 2) a necessidade de identificar as próprias emoções; 3) a necessidade de encarar os desafios emergentes; 4) a necessidade de criar atitudes positivas em relação a si mesmo/a; 5) a necessidade de incluir na rotina atividades prazerosas; 6) a necessidade de descobrir novas habilidades e talentos; 7) a necessidade de tirar um tempo do dia para relaxar, meditar, entrar em conexão consigo mesmos(as); 8) a necessidade de dominar novas tecnologias e ferramentas digitais; 9) a necessidade de adotar metodologias ativas; 10) a necessidade de criar novas estratégias de interação com os(as) alunos(as); 11) a necessidade de estimular que os(as) alunos(as) aprendam; 12) a necessidade de conhecer novas ferramentas; 13) a necessidade de arriscar-se a utilizá-las; 14) a necessidade de assistir a tutoriais na internet; 15) a necessidade de inspirar-se nas experiências positivas de outros(as) professores(as). O estágio permitiu conhecer outras formas de intervenção na área da Psicologia Escolar, focada na produção de materiais psicoeducativos, diante da nova modalidade de ensino remoto. Ao entrar em contato com os(as) professores(as), foi possível notar que eles(as) foram bastante impactados pelas mudanças ocorridas em função da pandemia do coronavírus. Vale destacar que o trabalho docente já envolve, comumente, alguns elementos estressores, como os baixos salários, a escassos de recursos materiais ou didáticos, as classes superlotadas, a tensão com relação aos alunos e o excesso de carga horária (MAZON; CARLOTTO; CÂMARA, 2008). Para além disso, foi possível notar que a motivação dos(as) docentes em questão ficou realmente abalada diante dos inúmeros desafios por eles(as) enfrentados durante a pandemia. A desmotivação docente é uma questão que interfere diretamente na qualidade do ensino oferecido nas escolas. De um modo geral, Nóvoa (2007) aponta que “é possível identificar uma grande insatisfação geral na profissão docente”, o que sem dúvida se agravou durante o período de pandemia do coronavírus. Daí que a intervenção realizada assumiu um caráter psicoeducativo ao buscar trabalhar cinco atitudes fundamentais do(a) professor(a) para reestabelecer essa motivação. Por fim, vale destacar a contribuição da Psicologia Escolar para além dos muros da escola, atuando de forma preventiva, em ações capazes de “identificar e analisar como as pessoas percebem as situações por elas vividas”, além de oferecer aos(às) professores(as) uma “rede de apoio afetivo e social” (GUZZO, 2016, p. 23). Por tudo isso, acredito que as postagens elaboradas contribuíram para uma reflexão por parte dos(as) docentes, no sentido de ressignificarem suas crenças e concepções e assumirem outros modos de agir no fazer docente. Competências e habilidades: Analisar o campo de atuação profissional e seus desafios contemporâneos; avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva, no contexto da Psicologia Escolar; relacionar-se com o outro de modo a propiciar o desenvolvimento de vínculos interpessoais. Referências bibliográficas usadas como suporte: GUZZO, Raquel Souza Lobo. Risco e proteção: análise crítica de indicadores para uma intervenção preventiva na escola. In: FRANSCHINI, Rosângela; VIANA, Meire Nunes. Psicologia Escolar: que fazer é esse? Brasília: CFP, 2016. MAZON, V. CARLOTTO, M. S. CÂMARA, S. Síndrome de Burnout e estratégias de enfrentamento em professores. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 60, n. 1, 2008. NÓVOA. Antônio. Desafios do trabalho do professor no mundo contemporâneo, 2007. Disponível em: http://www.sinprosp.org.br/ arquivos/novoa/livreto_novoa.pdf. Acesso em: 13 jun.2020.