Última alteração: 2020-12-08
Resumo
Este resumo traz a experiência no Estágio Supervisionado em Psicologia Social, na quala discente do décimo período de psicologia do Centro Universitário GovernadorOzanam Coelho, junto com outros alunos do oitavo e também do décimo período forama campo com a proposta de iniciar uma atuação junto à população em situação de rua,na modalidade Consultório de Rua (CR). O estágio aconteceu entre os meses desetembro e novembro de 2020, totalizando 67 horas, com finalidade de preparar osestagiários para a prática do CR que, de acordo com o Ministério da Saúde (2010), temcomo propósito oportunizar aos usuários de substâncias psicoativas mais vulneráveisrecursos para cuidados básicos em saúde e redução de riscos e danos em seu local depermanência, atuando como uma ponte entre a população de rua em geral e a redepública de saúde. Para a realização da ação, os alunos passaram por um processoseletivo e se prepararam teoricamente por um mês antes de sair a campo, de modo queestivessem aptos para a prática, que consistia em ir a campo, nas ruas da cidade de Ubá,e abordarem os moradores de rua, com intuito de conhecer e escutar suas demandas,utilizando estratégias pautadas na redução de danos, no respeito ao local de vivência dossujeitos e nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade). No campo,aconteceram vivências diversas, desde ações com distribuição de insumos para reduçãode danos (camisinhas e lubrificantes doados pelo SUS), até escuta e intervençõesdiretas. Foi possível observar o quanto o trabalho exercido pelo Consultório de Rua éimportante, ir até o local de vivência dos sujeitos e demonstrar empatia, entendimentopela sua situação, bem como oferecer uma escuta qualificada e possibilidades parasuprir suas demandas, mesmo em pouco tempo, fez muita diferença e conclui-se assim,concordando com Wijk & Mângia (2019), que a escuta, o envolvimento e o vínculocriados com os usuários são fatores que influenciam na construção do trabalho, e existea necessidade de reflexão acerca das repercussões produzidas por essas atividades nodia-a-dia dos profissionais e de possibilidades de expandir o acesso e ampliar as práticasde cuidado, implicando não só a rede de saúde, como também serviços, gestores epolíticas diversas nesse processo.
Referências Bibliográficas:Ministério da Saúde. (2010). Material de trabalho para a II Oficina Nacional deConsultórios de Rua do SUS. Coordenação Nacional de Saúde Mental, EPJN-FIOCRUZ: Brasília.
Wijk, L. B. & Mângia, E. F. (2019). Atenção psicossocial e o cuidado em saúde àpopulação em situação de rua: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva,24(9), 3357-3368.