Última alteração: 2020-12-02
Resumo
Autores: Douglas Costa Silva1, Gisele Aparecida Fófano2
1Acadêmico de Medicina da UNIFAGOC.
2 Docente do curso de Medicina da UNIFAGOC
Email: douglas-costasilva@hotmail.com
Introdução: O Brasil vem passando por um processo de transição epidemiológica, demográfica e nutricional, resultando em um declínio das mortes por doenças infectocontagiosas e elevação das mortes por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), semelhante ao quadro epidemiológico vivenciado globalmente. As DCNT são um conjunto de enfermidades que se evidenciam, por um período longo de latência, tempo prolongado de evolução, interação de fatores etiológicos desconhecidos, causa multifatorial e irreversibilidade habitual, curso clínico lento, permanente e com forte influência de fatores de risco comportamentais, modificáveis ou não, além de manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação e evolução para diferentes graus de incapacidade ou óbito prematuro, elas constituem um problema de saúde pública de grande magnitude..O objetivo geral visa identificar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e suas consequências na população brasileira. Metodologia: O método de pesquisa consiste na revisão bibliográfica acerca do tema com busca nas bases de dados Scielo, Pubmed com os descritores Doença Crônica; Doenças não Transmissíveis; Epidemiologia; Diabetes Mellitus; Prevalência.Resultados e discussão: Segundo a Organização Mundial da Saúde (2018), as doenças crônicas não transmissíveis matam cerca de 38 milhões de pessoas a cada ano. No Brasil segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2013), as mortes por DCNT correspondem a 72% das causas de morte, o mesmo instituto mostra através dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde - PNS (2013) que quase metade da população adulta já relata pelo menos uma DCNT. O estudo realizado por Abegunde et al (2007) demonstrou que somente a classe de doenças cardiovasculares e suas complicações têm impacto elevado na economia brasileira, o pais deixa de arrecadar anualmente cerca de US$4,18bilhões de dólares, demostrando seu impacto na economia . Em seu estudo Malta (2019), afirma que foi observado redução de 2,5% ao ano na taxa de mortalidade prematura por DCNT no Brasil, seguindo a linha de redução de outros países, além disso ressalta que medidas efetivas são capazes de ocasionar essa redução tendo em vista que são doenças sensíveis às intervenções de promoção da saúde e assistência, demonstra também que todas as regiões apresentam tendência de declínio, ressalta que as taxas do Nordeste ultrapassam as das demais regiões, mas a tendência é que todos os estados brasileiros se aproximem ao longo dos anos, essa característica demonstra a sua disseminação pelo país. Conclui-se que o amplo acometimento da população brasileira pelas DCNT já é uma realidade e consequentemente já abrange todas as regiões nacionais, é de fundamental importância implementar medidas efetivas de prevenção e realizar o controle adequado dos cidadãos que já são portadores de DCNT, enfrentar o problema de forma global, ou seja, antes do seu surgimento , é a saída para garantir a redução dessas altas taxas prevalentes no país, garantir tratamento adequado, acesso aos sérvios de saúde é a solução para redução de consequências subsequentes após o diagnóstico de DCNT.
Palavras-chave: Doença Crônica; Doenças não Transmissíveis; Epidemiologia; Diabetes Mellitus; Prevalência.
REFERÊNCIAS
ABEGUNDE, D.O et.al. A carga e os custos das doenças crônicas em países de baixa e média renda.Disponível em: < https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(07)61696-1/fulltext> Acesso em 01 de dez.2020.
MALTA,D. et.al. Mortalidade por doenças não transmissíveis no Brasil, 1990 a 2015, segundo estimativas do estudo de Carga Global de Doenças. Disponível em:< https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-31802017000300213> Acesso em 01 de Dez. 2020.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Global Health Estimates 2016: mortes por causa, idade, sexo, por país e por região, 2000-2016 [Internet]. Genebra: OMS; 2013. Disponível em:<http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/estimates/en/index1.html >Acesso em 01 de Dez.2020.
Ministério da Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil (2011-2022). Brasília; 2013.Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf>Acesso em 01 de Dez.2020.