Última alteração: 2020-12-01
Resumo
O objetivo geral deste estudo consiste em identificar na literatura as evidências científicas que destacam a prevalência da ocorrência de Transtornos do Sono entre estudantes de Medicina e identificar quais são os fatores que corroboram para essa ocorrência. Em relação à metodologia, trata-se de uma revisão de literatura, utilizando as bases de dados do Scielo, PubMed e Medline, com os critérios de inclusão dos últimos cinco anos e disponibilidade de texto completo. Quanto aos resultados e discussão, foi evidenciado que esta população vivencia, desde a faculdade, a realidade de poucas horas para dormir e descansar devido a uma maior carga-horária que o curso de Medicina apresenta por ter período de estudo em tempo integral, manhã e tarde. De acordo com estudo de Correia (2017), os estudantes de Medicina apresentam interferências no seu ciclo circadiano mediante o estresse do ambiente acadêmico, que é agravado com hábitos como acessar a internet, assistir televisão, utilizar outros aparelhos emissores de luz azul, e fazer uso de álcool e tabaco, hábitos esses frequentemente encontrados nessa população. Dessa maneira, visando evitar a ocorrência de distúrbios do sono, especialmente em relação aos ligados aos hábitos de vida e características ambientais, é necessário que os estudantes exerçam hábitos que contribuam para uma noite de sono saudável e a regulação do ciclo circadiano (ciclo sono-vigília). Porém, analisando o cotidiano e realidade dessa população, percebe-se que é mais difícil se estabelecer uma rotina saudável do sono em relação a outras populações de estudantes (entre os outros cursos). Além disso, apesar de um grande aumento de transtornos do sono entre os estudantes de Medicina, os estudos referentes a esse ramo são precários, o que corrobora para um déficit de evidências científicas, que leva a um conhecimento escasso entre os profissionais da área e até mesmo ausência de iniciativas e projetos por parte das instituições de ensino com esta população de estudantes.
Palavras-chave: Transtorno do sono; estudantes de Medicina; prevalência; fatores sociais.