Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL V (2020)

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Uso de fitoterápicos e plantas medicinais em Unidades Básicas de Saúde: uma revisão de literatura.
Marcela Barbosa Pereira Coeli, Ludmila Corbelli Pereira, Gisele Aparecida Fófano

Última alteração: 2020-11-30

Resumo


Introdução: A legislação sanitária brasileira define os medicamentos fitoterápicos como aqueles obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia estejam baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade¹. A fitoterapia e o uso de plantas medicinais fazem parte da prática da medicina popular, constituindo um conjunto de saberes internalizados nos diversos usuários e praticantes, especialmente pela tradição oral. Trata-se de uma forma eficaz de atendimento primário a saúde, podendo complementar ao tratamento usualmente empregado, para a população de menor renda2. Em virtude da crescente demanda da população brasileira, por meio das Conferências Nacionais de Saúde e das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS3. Objetivo geral do trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre o uso de fitoterápicos e plantas medicinais em Unidades Básicas de Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica entre os anos de 2010 a 2020, em que foram utilizadas as bases de dados SCIELO e Google Acadêmico. Resultados e Discussão: Os profissionais apoiam a utilização conjunta das plantas medicinais e fitoterápicos com os medicamentos alopáticos, mas passam a ser contrários quando a utilização da planta seria em substituição4. Apesar das iniciativas oficiais e da crescente busca por práticas integrativas medicamentosas, a utilização de fitoterápicos na atenção primária à saúde ainda é incipiente e precária no Brasil, principalmente pela carência de maiores informações sobre o assunto e pela ausência de profissionais especializados e capacitados para esta prática5. Conclusão: Os profissionais de saúde sentem-se mais seguros ao associar o uso de fitoterápicos e plantas medicinais concomitantemente ao uso de medicamentos alopáticos, quando indicados. É necessário a capacitação dos profissionais e estudantes de saúde quanto ao tema e à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.

 

Palavra-chave: fitoterápicos; plantas medicinais; atenção primária