Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL V (2020)

Tamanho da fonte: 
Cuidados Paliativos e qualidade de vida.
Joyce Ramos Fernandes, Fábio Peres Abritta, Igor Rafael Clemente Bedetti, Lucas Benício Lourenço Melo, Luisa Azevedo Magalhães Vieira, Marcela Barbosa Pereira Coeli, France Araújo Coelho

Última alteração: 2020-12-01

Resumo


RESUMO Introdução: A expectativa de vida da população aumentou, e com isso há inversão na pirâmide populacional. Porém isso não significa que a qualidade de vida no envelhecimento ou no curso de uma doença tenha mudado e melhorado. Com os avanços na medicina, houve uma cultura de negar a morte, prorrogando a vida até o máximo com várias intervenções. A morte passou a ser vista como derrota, porém é um processo natural. Os Cuidados Paliativos vêm ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Visam o cuidado integral e não em curar a doença. O objetivo é prevenção e controle de sintomas para pessoas que enfrentam doenças graves e ameaçam a continuidade da vida. Além disso, se preocupa também com o cuidador, familiares e os profissionais de saúde envolvidos no processo.1 Objetivo: Realizar revisão bibliográfica acerca do impacto na qualidade de vida dos pacientes em Cuidados Paliativos. Metodologia: Este é um estudo de revisão bibliográfica, onde foram utilizados sites de busca, como SCIELO, através das palavras-chave: cuidados paliativos, qualidade de vida, morte digna. Resultados e Discussão: Os Cuidados Paliativos oferecerão, através de uma equipe multidisciplinar, aos pacientes e familiares um conjunto de ações visando o conforto e melhor qualidade de vida do doente. O principal objetivo é o controle dos sintomas, sendo que esses devem ser avaliados rotineiramente e manejados com efetividade. Oferecer Cuidados Paliativos não é negar o tratamento curativo, visto que podem ser oferecidos concomitante2. Vários estudos e ensaios feitos acerca dos benefícios dos Cuidados Paliativos tiveram resultados positivos, tanto para o paciente quanto seus familiares. O estudo de Temel et al3 demonstrou benefício para cuidadores, sugerindo que cuidados paliativos precoces é eficiente para todos, além de aumentar a sobrevida dos pacientes. É importante que o paciente converse com a equipe paliativa e as decisões devem ser feitas de maneira compartilhada, em que a vontade do paciente deve ser respeitada, assim como seus valores étnicos, culturais e espirituais. Conclusão: A morte deve ser percebida como um processo natural, e a qualidade de vida é o principal objetivo. Cuidados paliativos não antecipam ou prolonga o processo de morte. A sobrevida dos pacientes pode aumentar pela boa qualidade de vida que ele alcança com os cuidados recebidos. Controlar sintomas é o objetivo fundamental desse tipo de assistência. A família deve receber atenção e cuidado como o doente, e a assistência não se encerra com a morte do doente, se estendendo ao luto até quando for necessário. O mais importante é sempre ouvir o paciente, saber suas vontades, o que é importante para ele, o que faz sentido em sua vida, englobando não só a doença física, mas aspectos como a espiritualidade, o sofrimento psíquico, valores étnicos e culturais.

 

 

 

Palavra-chave: cuidados paliativos, qualidade de vida, morte digna.

 

Referências

1.GOMES A.L.Z, OTHERO M.B. Cuidados Paliativos. Estudos avançados vol. 30, nº88, São Paulo Set/Dez 2016. Disponível em < http://dx.doi.org/10.1590/s0103-40142016.30880011> Acesso em 14/nov/2020.

2. GOMES B. Palliative Care: If it makes a difference, why wait? Journal of clinical oncology. Vol.33, nº13. May 2015. Disponível em <https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/JCO.2014.60.5386> Acesso em 14/nov/2020.

3.TEMEL J.S. et al. Early Palliative Care for Patients with Metastatic Non–Small-Cell Lung Cancer. The new england journal o f medicine. 363;8. Aug/2010. Disponível em < https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa1000678> Acesso em 14/nov/2020.