Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL V (2020)

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Relatório de estágio movimentos sociais
Claudia Mara Clemente Domingos, Jefté Moraes

Última alteração: 2020-12-08

Resumo


Relatório de estágio supervisionado básico da acadêmica de psicologia Claudia Mara Clemente Domingos, discente do 6 período sob supervisão do Professor Jefte Moraes de Souza. Este relatório abrange o período de 10 de agosto de 2020 a 30 de novembro de 2020, com carga horária total de 60 horas e ocorreu de no formato remoto.

 

Objetivo do Estágio: Criar um espaço voltado para mulheres com a finalidade de debater e acolher as demandas apresentadas.

 

Público-alvo: Mulheres acima de 18 anos

 

Práticas, procedimentos e Intervenções: Foram realizadas reuniões semanais com duração de uma hora cada, em modelo remoto por meio da plataforma digital google meet. As reuniões foram conduzidas por um grupo de 4 alunas do curso de psicologia e orientadas pelo professor de saúde mental. Foi criada uma página nas redes sociais onde colocou-se informações de acesso e sobre o trabalho desenvolvido para convocar seu público.

O encontro se iniciou com dinâmica, para a familiarização e interação do grupo, onde foi proposto que cada integrante dissesse de si uma característica com a primeira letra de seu nome,  também foi levado um texto ao qual surgiu a demanda do cuidado à mulher, e de questões feministas que embasaram os encontros seguintes. Um dos tópicos recorrentes foi “como ser mulher no século 21?” que nos trouxe uma reflexão sobre nossas potências, nossas considerações e nossa indignação. Ao tentar nos ressignificarmos nesse novo século propomos nos definir em uma palavra para concluir a frase: Ser mulher no século 2 é:_________. De cada participante surgiram as palavras DESCOBRIR, DESMASCARAR, LIBERDADE, LIBERDADE DE ESCOLHA, POSICIONAR. Os encontros nos permitiram usar as reuniões como um espaço de cuidado, acolhimento e apoio pelo vínculo que fora formado. Pichon-Riviére (2009) traz uma grande contribuição quando credita ao “vínculo”, o ponto necessário para se compreender um grupo. Sem o vínculo, tratar-se-ia então, apenas de um agrupamento de pessoas em um determinado espaço e tempo. Dado isso, pode se atribuir a esse conceito-chave o ponto necessário para se considerar o que é um grupo Entre as discussões várias trocas foram feitas, de leituras, artigos e experiência de vida, e o bem PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. 8 ed. (M. A. F. Velloso e M. S. Gonçalves, Trads). São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. p.272-286estar subjetivo foi um dos cuidados enfatizados, que se refere ao modo como pensamos e como nos sentimos sobre nossas vidas. As questões feministas ganharam uma atenção muito grande nos nossos debates e instigou a trazer demandas relacionadas à suas vertentes e sua luta. Foram apresentadas as vertentes do feminismo radical, feminismo negro, transfeminismo, o feminismo liberal e o feminismo interseccional onde procuramos aprender e nos identificar. Dentre as nossas discussões sobre as lutas do feminismo, o atual cenário em que vivemos e os relatos citados, viu-se a necessidade de falar sobre a violência doméstica. Para esse tema foi discutido um texto, mas a principal prática foi a escuta. No último encontro aproveitamos o momento para analisar o que esse processo nos proporcionou em evolução.

 

Competências e habilidades: Coordenar e manejar processos grupais, considerando as diferenças individuais e socioculturais dos seus membros e relacionar-se com o outro de modo a propiciar o desenvolvimento de vínculos interpessoais requeridos na sua atuação profissional.

 

Referências bibliográficas usadas como suporte:

Fonsceca, D., Ribeiro, C., & Leal, N., VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER: REALIDADES E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS Psicologia & Sociedade; 24 (2), 307-314, João Pessoa, 2012.

Giacomoni, C. Bem-estar subjetivo: em busca da qualidade de vida. Temas psicol. vol.12 no.1 Ribeirão Preto jun. 2004.

Moreira, C,. Nunes, F., & Rocho, V. Feminismo e suas vertentes Rio Grande do Sul, 2009.

PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. 8 ed. (M. A. F. Velloso e M. S. Gonçalves, Trads). São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. p.272-286