Última alteração: 2020-12-01
Resumo
Este relatório abrange o período de 10 de agosto de 2020 há 30 de novembro de 2020.
Com carga horária total de 60h e ocorreu de no formato remoto.
Objetivo do Estágio: O estágio teve como objetivo principal criar um espaço voltado unicamente para as mulheres. Com o intuito de discutir, debater e pondera temáticas que envolvam o “Ser Mulher no século 21”
Além disso teve como finalidade também construir um espaço onde essas mulheres trouxessem questionamentos e relatos sobre sua vida pessoal e cotidiana, formando assim um grupo de apoio e acolhimento a mulher.
Público alvo: O público alvo do estágio foi desenvolvido para todas as mulheres em questões, mas o que teve maiores demandas foram de 18 anos para cima.
Práticas, procedimentos e Intervenções: Ao longo do período do estágio tivemos seis reuniões de grupos semanais todas as quartas feiras as 17h.
Foi feito um grupo de quatro pessoas orientando, e mais 4 pessoas de fora, e foi trabalhados, conceito como Violencia, Feminismo, e bem estar subjetivo. Mas ao longo das reuniões as pessoas trouxeram demandas como relacionamento abusivo juntamente com a violência e isso causou uma comoção geral e principalmente as pessoas em questões que vivenciaram.
Quando falamos das relações abusivas não podemos negar que elas comportam violências principalmente de natureza física, sexual e psicológica. Que foram os assuntos mais abordados em todas as reuniões. O abuso mantém a relação de poder do abusador sobre o abusado, que é tido como o seu objeto. Para Arendt (1985) a violência surge como última alternativa possível para manter o poder sobre o outro. E podemos claramente ver nas falas das pessoas que relataram isso como vivencia.
Houve pautas também como o feminismo e suas vertentes.
“Ideia global do feminismo refere-se à crença de que homens e mulheres merecem igualdade em todas as oportunidades, tratamento, respeito e direitos sociais. Resumidamente, as feministas são pessoas que tentam reconhecer a desigualdade social baseada no gênero e impedir que ela continue, apontando que, na maioria das culturas ao longo da história, os homens receberam mais oportunidades que as mulheres.” (Carolina Moreira, 2009)
Todas as participantes concordaram que o feminismo é um viés para a voz e a falar sobre o machismo, pontuando até a escolha e o medo de sair na rua em determinados horas, onde que a luta do feminismo é para diminuir e acabar com o machismo perante a sociedade.
A violência domestica também teve uma pauta significativa nas reuniões, com relatos fortíssimos de agressão onde levantou questionamentos de “Como e quando parar um relacionamento?” “Como sair disso?”. A maioria das vítimas permanece coagida a um relacionamento baseado, muitas vezes, na dependência financeira e emocional, levando a eventos cíclicos de violência. Na maior parte dos casos, a violência foi cometida pelo próprio parceiro, na residência (Côrtes, 2012). Então com todos esses aspectos, chegamos a conclusão no grupo feito diretamente para as mulheres que um espaço de escuta sem julgamento é importante para a saúde mental e de bem estar de cada uma, pois naquele ambiente, a fala era com clareza e leveza, onde estavam mulheres que compartilhavam da mesma experiência e entendimento.
Sendo assim, resumidamente o grupo feito para isso foi de extrema riqueza em comunicação mas principalmente em fala e escuta direcionadas para esse determinado ambiente, mostrando que existem mulheres que também passam pelas mesmas coisas e que ninguém está sozinho.
Competências e habilidades: Coordenar e manejar processos grupais, considerando as diferenças individuais e socioculturais dos seus membros e relacionar-se com o outro de modo a propiciar o desenvolvimento de vínculos interpessoais requeridos na sua atuação profissional.
Referências bibliográficas usadas como suporte:
Barretos, R,. RELACIONAMENTOS ABUSIVOS: UMA DISCUSSÃO
DOS ENTRAVES AO PONTO FINAL. Rio de Janeiro, 2018.
Fonsceca, D., Ribeiro, C., & Leal, N., VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER: REALIDADES E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS Psicologia & Sociedade; 24 (2), 307-314, João Pessoa, 2012.
Giacomoni, C. Bem-estar subjetivo: em busca da qualidade de vida. Temas psicol. vol.12 no.1 Ribeirão Preto jun. 2004.
Moreira, C,. Nunes, F., & Rocho, V. Feminismo e suas vertentes Rio Grande do Sul, 2009.