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Experiência de capacitação de recursos humanos para o cuidado integral: dialogando sobre cuidados paliativos na atenção primária à saúde
Última alteração: 2020-11-13
Resumo
Introdução: Os cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe interdisciplinar, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais, objetivando a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida. Objetivo: Relatar a experiência de discentes da área da saúde, concernente à realização de uma capacitação para equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) sobre cuidados paliativos. Método: A capacitação ocorreu em uma unidade de ESF, localizada em uma cidade mineira, com duração de 4 horas e contou com a presença de 30 pessoas, de variadas áreas de atuação em saúde (medicina, enfermagem, nutrição, fisioterapia, psicologia, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde), destacando-se a importância da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade no fornecimento dos cuidados paliativos. A capacitação foi realizada em cinco momentos: no primeiro, realizou-se a dinâmica “O que sabemos sobre cuidados paliativos”; seguida de uma exposição dialogada sobre a temática, no segundo momento; já no terceiro momento, ocorreu a demonstração da utilização de instrumentos concernentes à práxis em cuidados paliativos e o explicitação do papel da ESF, enquanto porta de entrada do Sistema Único de Saúde. No quarto momento, ocorreram à apresentação de vídeos, fotos e notícias de jornal sobre a vivência de pacientes que receberam cuidados paliativos. Por fim, no quinto momento, foi abordada a temática “Comunicação de más notícias”, sendo abordado o protocolo SPIKES. Resultados: Notou-se que os conhecimentos dos participantes relacionados à temática eram elementares, visto que muitos não sabiam conceituar os cuidados paliativos. Ademais, no momento de apresentação dos instrumentos para a prática dos cuidados paliativos e do protocolo SPIKES, os participantes se declararam surpresos, pois desconheciam a existência deles, e acreditavam que os cuidados paliativos se baseavam no empirismo. Destaca-se que a capacitação foi amplamente aceita e efetiva, visto que 100% dos participantes consideraram o conteúdo como muito importante, 75% consideraram-se totalmente preparados para prestar cuidados paliativos aos indivíduos que estiverem sob seus cuidados. Conclusão: destaca-se a importância de desenvolver capacitações que abordem temas como os cuidados paliativos, que são pouco explorados durante os processos de formação em saúde. A divulgação destas experiências torna-se imperiosa para a disseminação das boas práticas em cuidados paliativos, visando o cuidado integral de indivíduos e famílias.