Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL V (2020)

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Revisão de escopo sobre as ações de atenção à saúde realizadas na atenção primária à saúde em tempos de Covid-19
Miclecio Luiz da Silva, João Vitor Andrade, Rosiane Kellen de Oliveira Silva, Sandrele Carla dos Santos, Maria Luíza da Silva Veloso, Melissa Nathalye Ramos e Gonçalves, Juliana Cristina Martins de Souza, Rayrane Clarah Chaveiro Moraes

Última alteração: 2020-11-13

Resumo


INTRODUÇÃO: A Organização Pan-Americana da Saúde define COVID-19 como uma doença infecciosa relacionada comumente a febre, cansaço e tosse seca, causados pelo SARS-CoV-2. Em 2020, essa nova infecção foi disseminada para todos os continentes, caracterizando uma pandemia. O Brasil registrou, em setembro de 2020, cerca de 4,4 milhões de casos confirmados e 134.106 óbitos decorrentes da COVID-19, segundo o Ministério da Saúde. Nesse contexto, é reconhecida a importância da Atenção Primária à Saúde (APS), dado seus atributos essenciais e derivados que abrangem desde atenção ao primeiro contato à orientação familiar e comunitária. OBJETIVO: Analisar na literatura científica ações desenvolvidas na APS do Brasil em tempos de COVID-19. MÉTODO: Revisão da literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde Brasil com inclusão das bases de dados LILACS e Coleciona SUS, pelos descritores: “Atenção Primária à Saúde”, “Infecções por Coronavírus” e “Saúde da família”, cruzados com operador booleano “and”. Foram incluídas produções disponíveis nos idiomas inglês, português e espanhol, publicadas no ano de 2020. Foram encontradas 26 produções científicas e selecionadas 7. RESULTADOS: O Protocolo de Manejo Clínico da COVID-19 na APS, orienta as ações relacionadas ao manejo e controle da infecção. Preconizou-se inicialmente um plano de contingência com abordagem sindrômica, ou seja, sem necessidade de diagnóstico sorológico, a partir da atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nas visitas domiciliares, ratificando a importância dos ACS e do seu vínculo com a comunidade. Destaca-se a atuação dos enfermeiros na capacitação desses agentes, abordando temáticas como a utilização dos equipamentos de proteção individual. Foram estabelecidas outras ações adaptadas ao contexto de pandemia, como a antecipação da vacinação contra influenza, a fim de reduzir a sobrecarga no sistema hospitalar. O protocolo também prevê a obrigatoriedade do acompanhamento dos profissionais da APS aos pacientes em isolamento doméstico durante todo o curso da doença. Para isso, pode-se fazer uso de ferramentas como a telemedicina, viabilizada pelo TeleSUS, assegurando o distanciamento social. Diante do cenário de isolamento social, observou-se, ainda, o aumento da violência doméstica, que requer atenção das equipes de APS aos indícios de tensionamento familiar. CONCLUSÃO: Salienta-se a importância de envolver a APS nos planos de enfrentamento à pandemia e explorar suas potencialidades. Nesse contexto, é inegável o impacto das equipes da APS sobre a população, representando um instrumento diferencial no controle da COVID-19. Demarca-se que o Brasil vem negligenciando ações de políticas públicas que incluiriam a APS no combate ao COVID-19.