Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL V (2020)

Tamanho da fonte: 
Hemorragia pós-parto no nordeste brasileiro e internações hospitalares no período de 2015 a 2020
Sandrele Carla dos Santos, João Vitor Andrade, Juliana Cristina Martins de Souza, Maria Luíza da Silva Veloso, Melissa Nathalye Ramos e Gonçalves, Miclecio Luiz da Silva, Rosiane Kellen de Oliveira Silva, Rayrane Clarah Chaveiro Moraes

Última alteração: 2020-11-13

Resumo


INTRODUÇÃO: A hemorragia pós-parto (HPP) é definida como a perda de sangue acima de 500 mL após o parto, podendo ser fatal, se não controlada. Dentre as causas de morte materna no mundo, a hemorragia é tida como a principal, com taxa de até 25%. Além disso, no Brasil, durante o período de 1996 a 2012, a HPP foi a terceira causa de óbito materno, sendo que, atualmente, é responsável por mais 41% das mortes maternas no país. Fatores como a ausência de monitoramento materno adequado no pós parto e de ação errônea estão associados a maiores taxas de internações por HPP. OBJETIVO: Avaliar a taxa de hospitalização em decorrência da HPP no nordeste brasileiro nos últimos cinco anos. MÉTODO: trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com base em dados secundários referentes às internações hospitalares por HPP nos estados da região nordeste brasileira entre os anos de 2015 a 2020, de acordo com o ano de processamento, alocados nas informações de saúde. Utilizou-se a Classificação Internacional de Doenças, 10ª edição, código “O 72” do capítulo XV. Por fim, esses dados foram transpostos para o programa Microsoft Excel e convertidos em taxas de internações por milhão de habitantes, utilizando a população estimada para 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. RESULTADOS: Conforme os dados encontrados, foram registradas 3122 internações hospitalares na Região Nordeste brasileira por HPP, no período analisado. Destes, destacam-se o Rio Grande do Norte com a taxa de internações por milhão de habitantes igual a 146,3, seguida por Pernambuco com 82,6 e Sergipe com 60,4, como taxas mais elevadas respectivamente. Em contrapartida, os estados com as taxas mais baixas foram Maranhão com 14,6, Alagoas com 23,9 e Paraíba com 27,5. No geral, a região nordeste apresentou um aumento no número de internações no decorrer dos últimos 5 anos, destacando os anos de 2019 com 787 internações em comparação ao ano de 2015 com 327 internações, representando um aumento de aproximadamente 141%. CONCLUSÃO: Os dados apontam para a necessidade de uma maior atenção ao monitoramento materno, principalmente no pós-parto, a fim de diminuir intercorrências passíveis de internações evitáveis, visando frear o aumento anual observado associado à internação por HPP.