Última alteração: 2020-11-13
Resumo
Um significativo número de mulheres de meia idade e idosas possuem como incumbências diárias atividades rotineiras que exigem certo rigor físico. Logo, compreender os fatores relacionados à independência e autonomia desta população, como os níveis de força e suas manifestações, é essencial. Diante do apresentado, este trabalho tem por objetivo analisar a relação entre a potência de membros inferiores e força de pressão manual direita com o desempenho em atividades básicas em mulheres de meia idade e idosas. Foi realizado um estudo transversal em 13 mulheres com idade entre 50 a 59 anos (meia idade) e 10 idosas com idade entre 64 a 70 anos participantes de um programa de exercícios físicos multicomponentes. Foram avaliados potência de membros inferiores através do teste de sentar e levantar da cadeira 5 vezes, força de membro superior direito com a utilização de um dinamômetro hidráulico, além do desempenho em atividades básicas através dos testes Timed Up and to Go (TUG), bateria curta de performance física (SPPB) e teste de sentar e levantar no solo (SL). Além destas variáveis foi realizada a avaliação da saúde mental através do questionário mini mental (MEEM). Os dados foram apresentados descritivamente através de média e percentis 25º e 75º, conforme os grupos etários. A relação entre potência de membros inferiores e força de membro superior direito foi avaliada por meio do teste de correlação de Perarson. Os principais resultados demonstram que as idosas apresentaram uma maior pontuação em relação as mulheres de meia idade no rastreio mental (27,2 x 24,6 pontos, respectivamente). Em relação a potência de membros inferiores, as mulheres de meia idade demonstraram resultados superiores (203,7 x 197,8 quilogramas, respectivamente), o que não foi visto para os níveis de força de membro superior direito (23,96 x 26,5 quilogramas, respectivamente). Ao relacionar as variáveis potência de MMII e força de MMSS direito com variáveis de desempenho nas atividades básicas entre os grupos etários, apenas a força de membros inferiores e o desempenho no teste TUG para o grupo de meia idade se relacionou sendo está relação inversa e moderada (p= 0,032; r= - 0,590), as demais correlações avaliadas não se estabeleceram (p>0,05). Diante disso é possível concluir que a potência de membros inferiores e a força de membros superior direita não se relacionaram com o desempenho na maioria das atividades da vida diária de mulheres de meia idade e idosas.