Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol IV (2019)

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EFEITO DO MÉTODO DE TREINAMENTO FST-7 NA FORÇA MÁXIMA DE PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO AVANÇADOS
Victor Barros Gonçalves, Sabrina Fontes Domingues, Leonardo Mateus Teixeira Rezende, Anselmo Gomes Moura

Última alteração: 2019-10-14

Resumo


O treinamento de força utiliza sistemas de treinamento para obter níveis superiores de hipertrofia, como por exemplo, o Fascia Strethc Training 7 Sets (FST-7). Contudo, esse método foi idealizado por um treinador de fisiculturismo e não se sabe ao certo quais os efeitos crônicos sobre o organismo. Logo, o objetivo do presente estudo é avaliar o efeito do método FST-7 sobre a força máxima de praticantes de musculação. A amostra foi composta por 13 homens voluntários, praticantes avançados de musculação de uma academia de Guidoval/MG, aparentemente saudáveis, com idade média de 25,7 ± 5,5 anos, massa corporal 78,9 ± 10,7 kg e estatura de 1,76 ± 0,06 m. Eles foram subdivididos aleatoriamente em dois grupos, grupo treinamento tradicional (TRAD, n = 6) e grupo treinamento FST-7 (FST-7, n = 7). Os treinamentos foram realizados 6x/sem com intervalo de 48h a 72h entre as sessões, por quatro semanas. A força máxima dos membros inferiores/cintura pélvica (FMIP) e dos membros superiores/cintura escapular (FMSE) foi medida por meio dos testes de 1 RM no agachamento na barra guiada (ABG) e no supino reto (SUP), respectivamente, Foram avaliadas antes e após o período de treinamento. Comparou-se os dados por meio da ANOVA two way de medidas repetidas, seguido do post-hoc de Tukey. Houve aumento da FMIP em ambos os grupos no período pós-treinamento comparado ao pré-treinamento (TRAD pré: 92,3 ± 14,7 kg vs. TRAD pós: 97,0 ± 15,4 kg; p = 0,03; FST-7 pré: 98,0 ± 13,2 kg vs. FST-7 pós: 111,1 ± 13,6 kg; p < 0,001). Não houve diferença entre os grupos nos momentos pré e pós-treinamento (p = 0,480 e p = 0,107, respectivamente). Houve aumento da FMSE em ambos os grupos no período pós-treinamento comparado ao pré-treinamento treinamento (TRAD pré: 68,3 ± 18,7 kg vs. TRAD pós; 71,7 ± 19,7 kg; p = 0,004; FST-7 pré: 77,4 ± 16,8 kg vs. FST-7 pós: 86,9 ± 18,6 kg; p < 0,001). Não houve diferença entre os grupos nos momentos pré e pós-treinamento (p = 0,376 e p = 0,180, respectivamente). Ao comparar o aumento de carga relativa nos testes de força máxima no supino reto (FST-7: 12,2 ± 2,7 % vs. TRAD: 4,9 ± 2,0 %; p < 0,001) e no agachamento na barra guiada (FST-7: 13,1 ± 3,8 % vs. TRAD: 4,7 ± 1,0 %; p = 0,001), percebe-se que o grupo FST-7 apresentou maiores ganhos comparado ao TRAD. Pode-se concluir que ambos os treinamentos foram suficientes em melhorar a força máxima. Contudo o FST-7 levou a maiores ganhos relativos de FM comparado ao TRAD.