Introdução: A eletroconvulsoterapia tem um estigma muito grande por questões culturais que foram geradas nos hospitais psiquiátricos no Brasil e vem sendo utilizado como forma de tratamento de diversas enfermidades psiquiátricas ao redor do mundo. Segundo Machado et al (2018) uma parcela de pessoas enfermas foram tratadas por muitos anos no Brasil em hospitais psiquiátricos, lugares onde os pacientes ficavam internados e era tentado tratar a doença psiquiátrica. Sob os cuidados desses centros, os pacientes ficavam marginalizados e excluídos da sociedade, além disso, muitas vezes sofriam torturas, eram submetidos a contenção física e tratamento com eletrochoque. Pode-se dizer, que diante desse contexto em que a eletroconvulsoterapia era utilizada no país, ela foi uma prática marginalizada por muitos devido à associação que ela tinha com torturas e punições nesses centros. Objetivo: O presente ensaio visa esclarecer o contexto cultural dos distúrbios mentais, como foi a introdução da eletroconvulsoterapia e a razão do porque dessa terapia, que é muito eficaz em países desenvolvidos, ser estigmatizada no Brasil. Metodologia: Trata-se de um uma revisão bibliográfica dos temas ligados ao estigma da eletroconvulsoterapia e o seu real benefício. Resultados e discussão: Apesar do passado dos hospitais psiquiátricos fazerem com que a prática do tratamento eletroconvulsoterápico seja um motivo de preconceito por boa parte da população, atualmente a terapêutica apresenta-se de um modo seguro, onde nem os pacientes, nem as famílias desses precisam ter medo do procedimento. Além disso, a eletroconvulsoterapia mostrou-se ser o melhor tratamento para algumas doenças psiquiátricas, onde, dependendo do caso ela pode ser a primeira opção para tratar a pessoa enferma. Conclusão: Conclui-se que, o procedimento terapêutico, quando realizado de forma responsável é seguro e eficaz, porém, ainda apresenta uma resistência por parte da população. Sendo que, essa precisa ser melhor informada sobre os reais benefícios e fatores de risco do procedimento para que ele seja mais utilizado em casos de determinadas doenças mentais.