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Depressão na infância
Última alteração: 2019-10-15
Resumo
Introdução: O transtorno depressivo no adulto, hoje, já apresenta grande disseminação nas áreas de pesquisas, devido ao crescente número de indivíduos acometidos, recebendo inclusive, denominação no meio psiquiátrico de mal do século. Porém, se tratando do cenário infantil, os estudos e investigações são bem mais recentes, o que ainda deixa lacunas abertas sobre a afecção. Segundo Bahls (2002), foi só a partir do ano de 1975 que o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA (NIMH) passou a reconhecer o transtorno depressivo em crianças e adolescentes. Com sinais e sintomas clínicos que diferem da depressão no adulto, essa desordem quando acometida na criança apresenta variações em cada faixa etária. Não incomum, esta é descrita por pais e familiares como criança do temperamento difícil e com crises de raiva. As manifestações primordiais, em sua grande maioria, apresentam-se mascaradas de constantes dores físicas, ansiedades, fobias, agitação, alteração no sono e alimentação. Andriola e Cavalcante (1999) apontam os sintomas físicos como principais, sendo por vezes, dores de cabeça, dor abdominal, fadiga e tontura, o que desperta a atenção. Essa “mascaração” do transtorno leva os pais conjuntamente a criança ao pronto de socorro, com grande frequência em curto espaço de tempo, sintomas diferentes, sem resolução das queixas. Objetivo: A presente exploração do tema visa esgrimir a importância do estudo do Transtorno Depressivo na Infância e Adolescência, no âmbito da saúde visando contribuir para facilitar o diagnóstico dessa afecção, visto que ainda hoje é pouco inteirada. Metodologia: O método de pesquisa do resumo se baseia na revisão bibliográfica de artigos, assim como no estudo de crenças de médicos em formação, acerca das crianças e adolescentes com depressão. Resultados e discussão: É de consenso hoje que o transtorno depressivo na infância é uma perturbação que atinge vários âmbitos da vida do paciente: biológico, social e psicológico. Como já exposto, apesar de ser um tema com início recente dos estudos, as particularidades desse relacionadas às idades acometidas, é o que torna o assunto ainda mais complexo. Não se pode contrapor o quadro da patologia quando afeta o adulto, são entidades distintas. É o que afirma Buzaid et al. (2005), quando diz que a depressão em crianças e adultos não podem ser comparadas no meio psiquiátrico, que apesar de poder apresentar sintomas parecidos, o implícito é diferente. O que chama atenção para o diagnóstico precoce são os constantes sintomas físicos apresentados pela criança ou adolescente, sintomas esses em que causas orgânicas são investigadas sem resultados positivos. Conclusão: Conclui-se que, em consonância com a explanação feita, a depressão nessa faixa etária requer atenção especial e conjunta dos pais/familiares com o profissional da saúde.