Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol IV (2019)

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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: desenvolvimento socioeducativo e abordagem multidisciplinar no processo de inclusão
Guilherme Camara Batista, Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha, José de Alencar Ribeiro Neto

Última alteração: 2019-10-14

Resumo


Introdução: O déficit intelectual é uma incapacidade definida por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo expresso nas habilidades cognitivas, conceituais, sociais e práticas, manifestadas durante o período de desenvolvimento, antes dos 18 anos de idade, levando em consideração as restrições em relação ao contexto das condições ambientais, pedagógicas, assim como, questões culturais, linguísticas e fatores comportamentais. O trabalho multidisciplinar é um dos grandes pilares responsáveis pelas mudanças pedagógicas, ao promover um desenvolvimento social e inclusivo a partir de atividades envoltas às habilidades acadêmicas, comportamentais, entre outras. Tais práticas acuradas consolidam o planejamento adequado às estratégias, de modo a auxiliar a pessoa com deficiência potencializando sua aprendizagem, sem restrições e isolamentos. Necessariamente a avaliação médica é primordial e muito importante para o diagnóstico, de modo a subsidiar as intervenções apropriadas à pessoa com deficiência intelectual, assim como realizar tratamento e promover solicitação, por vezes, de atendimento multidisciplinar, para minimizar as intempéries presentes no desenvolvimento. Objetivo: O presente estudo visa esclarecer a importância do desenvolvimento socioeducativo de grupos com deficiência intelectual, a partir de um acompanhamento multidisciplinar, que busca contribuir ao trabalho de inclusão, hábitos de autonomia e independência na sociedade, desmitificando as crenças negativas, por parte da sociedade, no que se referem as suas capacidades individuais, quando adaptadas, concernentes à aprendizagem e interação social, se estimulados e respeitados em suas necessidades educacionais especiais Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de estudos socioeducativos reforçando a idealização de inclusão de grupos de deficientes intelectuais em escolas regulares e a ação de atividades multidisciplinares adequadas promovendo estímulos ao aprendizado e comportamento adaptativo. Resultados e discussão: A perspectiva de uma melhora no desenvolvimento de grupos de pessoas com deficiência intelectual se adentra a um múltiplo de fatores, aos quais se devem dar relevância no que se incluem a uma identificação precoce, diagnóstico efetivo, intervenções multidisciplinares necessárias, composta por profissionais como fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, psicopedagogos, equipe médica de psiquiatras, neurologistas e pediatras, além de um essencial apoio familiar e escolar com estruturas adequadas ao contexto socioeducativo, adaptações curriculares, que por fim só contribuem cada vez mais para a inclusão de pessoas com necessidades especiais na sociedade. Inclusão essa, que segundo os pressupostos teóricos de (PASSARINO & MONTARDO, 2007), visa proporcionar uma sociedade igualitária para todos, de forma que os indivíduos possam se adaptar e ter um desenvolvimento social, a partir da aplicação de métodos como currículos funcionais que procuram reforçar as habilidades mais adequadas ao meio inserido, de forma a tornar o individuo mais produtivo, independente e funcional, gerando maior facilidade de tomarem decisões no seu dia-a-dia. Conclusão: Conclui-se que, em consonância as afirmativas explanadas, a atitude do trabalho multidisciplinar é fundamental, porém ainda é pouco vista ou informada a sua importância, na maioria das vezes, às escolas e familiares, que obtém dificuldades em visualizar a capacidade que uma equipe qualificada tem em desenvolver uma melhora sócio afetiva e pedagógica. Conforme denota Vygotsky (1991) se deve fomentar uma maior inclusão, a qual o aprendizado é mais do que a aquisição de capacidade para pensar; ou seja, é a aquisição de muitas capacidades especializadas para pensar sobre várias coisas das quais estão inseridas ao seu meio de convívio. Assim sendo, torna-se notório que um ensino colaborativo promove a quebra de barreiras no processo educativo inserindo um maior empoderamento de pessoas com deficiência intelectual.