A educação inclusiva no Brasil tem garantido em seus marcos legais o acesso e a permanência dos alunos com deficiência a frequentarem a rede regular de ensino com igualdade de oportunidade objetivando o pleno desenvolvimento do educando.  Diante desse cenário, os professores de Educação Física (EFI) inseridos no contexto da perspectiva educacional, trouxeram para as aulas suas percepções pessoais sobre a inclusão dos alunos com deficiência, construídas ao longo de suas vidas e influencias por tempos históricos e crenças individuais. Nesse sentido o objetivo da pesquisa é averiguar qual a percepção dos professores de Educação Física da rede municipal de Sorriso, no Estado do Mato Grosso, sobre a inclusão de alunos com deficiência em suas aulas. Esta pesquisa é um estudo exploratório descritivo de delineamento transversal e cunho quantitativo, que contou com a participação de 18 professores de Educação Física da rede municipal de Sorriso – MT. Os participantes responderam a um questionário com 19 perguntas fechadas que foram apresentadas na forma de 5 domínios diferentes: 1) inclusão; 2) formação; 3) aulas práticas; 4) aulas teóricas; 5) estratégias de ensino e recursos pedagógicos. Os resultados apontam: a) 83% concordam que a aula de EFI é inclusiva quando o aluno com deficiência é tratado como igual aos demais alunos, realizando as mesmas atividades; b) não houve um consenso de que a Educação Física é a disciplina que têm mais facilidade em trabalhar com alunos com deficiência; c) a deficiência intelectual e visual foram apontadas como as mais difíceis de serem trabalhadas; e) os professores acreditam que a experiência diária possibilita muito mais o professor de EFI encontrar a prática mais adequada para o aluno com deficiência do que a formação inicial; f) Os professores de EFI acreditam que participa de cursos ou capacitações profissionais nas áreas de Educação Física Adaptada e Inclusão Escolar torna-os capacitados para ministrar aulas para aluno com deficiência; g) Os participantes afirmam que a participação do aluno com deficiência, nas aulas práticas, ocorre tanto em atividades coletivas como em atividades de execução individual, contudo o auxílio de um colega é de suma importância; h) As estratégias de ensino e os materiais utilizadas nas aulas de EFI devem não devem ser as mesmas para todos os alunos. Dessa maneira, pode-se concluir que apenas de haver adaptações necessários das aulas de EFI o tratamento entre os indivíduos deve ser igual, além disso torna-se necessário programas de formação para os professores melhor desenvolver a prática pedagógica  e enfrentar os desafios.

Palavras-chave: Pessoa com deficiência. Inclusão. Educação Física. Professor.