Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol IV (2019)

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Brincadeiras populares como estratégia para o desenvolvimento do esquema corporal de crianças
Camila Zaneli Martins, Mariana Magalhães Cabral, Bianca Medeiros Christian

Última alteração: 2019-10-16

Resumo


O esquema corporal é de grande importância no processo de desenvolvimento infantil, este é gradativamente aperfeiçoado e utilizado pela criança como forma de compreender a si mesma e consequentemente os sujeitos e o mundo a seu redor. Nesse contexto, a Educação Física (EFI) é uma área que pode contribuir para o desenvolvimento deste processo, pois utiliza-se do corpo e do movimento de forma lúdica como base de seu trabalho. De acordo com Le Boulch (1983) o esquema corporal atua na imagem dinâmica das diferentes partes do corpo, suas distintas posições, deslocamentos e todo o potencial de atividades e atitudes possíveis. Trata-se de algo indispensável na formação do eu, pelo que a criança percebe os outros a partir da percepção que ela passa a ter de si mesma, desenvolvendo desta maneira sua autonomia. Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar os efeitos de um programa de intervenção de brincadeiras populares no desenvolvimento do esquema corporal em crianças de 7-8 anos. Trata-se de um estudo quantitativo, que atua por meio da pesquisa exploratória do tipo quase-experimental. O projeto está sendo realizado em uma escola pública de ensino fundamental na cidade de Ubá-MG com 30 crianças de 7-8 anos. A população foi dividida em dois grupos: Grupo Experimental (GE) com 14 crianças que está sofrendo a intervenção do programa e um Grupo Controle (GC) com 16 crianças o qual fará todos os testes sem sofrer intervenção para posteriores análises comparativas. A pesquisa constitui-se de quatro fases: 1º) Pré-teste: Bateria de Testes Psicomotores de Fonseca (Sentido Cinestésico, Reconhecimento de direita e esquerda, Auto-imagem, Testes de imitação de gestos e Desenho da figura humana; 2º) Período de intervenção: Serão realizados um total de 16 intervenções, duas por semana com duração de uma hora cada; 3º) Pós-teste: Reaplicação da Bateria de Testes Psicomotores de Fonseca; 4º) Análise dos dados; 5º) Realização do programa de intervenção com o GC. A pesquisa encontra-se em desenvolvimento, estando na segunda fase de seu desenvolvimento. Com os resultados da coleta de dados da Bateria de Teste de Fonseca, concluímos que os dois grupos (GE e GC) são homogêneos em relação ao perfil do esquema corporal.