Última alteração: 2019-10-15
Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares representam um grave problema de saúde pública, uma vez que são consideradas uma importante causa de morbimortalidade em ambos os sexos (SILVA; OLIVEIRA; PIERIN, 2016). Objetivos: Predizer o risco cardiovascular, em dez anos, dos trabalhadores de uma indústria moveleira da Zona da Mata Mineira de acordo com o escore de risco global, da V Diretriz Brasileira de dislipidemia e prevenção de aterosclerose. Metodologia: Estudo transversal retrospectivo, abrangendo 10 anos, realizado com funcionários de uma indústria moveleira da zona da mata de Minas Gerais, por meio da análise das informações contidas nos exames periódicos dos 166 funcionários, através do Escore de Risco de Global da V Diretriz Brasileira de dislipidemia e prevenção de aterosclerose. Esse estudo foi submetido e aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do Centro Universitário Governador Ozanam Coelho, UNIFAGOC, sob o nº 3.079.45. Resultados: A média de idade da amostra foi de 45,11±4,42 anos. Do total de 166 funcionários 79 (48%) foram classificados como baixo risco e 87 (52%) como risco intermediário de serem acometidos por enfermidades cardiovasculares. A população categorizada como risco baixo apresentou uma média de idade de 43,05±2,70 anos; colesterol HDL de 60,66±7,63mg/dL; colesterol total de 187,14±28,75mg/dL e os pacientes classificados como hipertensos e não hipertensos apresentaram médias de pressão arterial sistólica (PAS) de 85±25mmHg e de 111,43±9,63mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) de 45±35mmHg de 73,90±6,68 mmHg, respectivamente. Não houveram tabagistas nesse grupo e 1,3% eram diabéticos. Os indivíduos de risco intermediário apresentaram médias de idade de 46,98±4,84 anos, colesterol HDL de: 52,48±19,90 mg/dL; colesterol total de: 209,59±37,21mg/dL e aqueles classificados como hipertensos e não hipertensos, médias de PAS de 124,29±16,78mmHg e de 113 ±11,77mmHg e de PAD de 74,29±7,28 mmHg e de 72±10,30 mmHg, respectivamente. Desse grupo, 9,2% eram tabagistas e 2,3% diabéticos. Conclusão: A predominância do baixo risco cardiovascular obtido nesse estudo é decorrente do acompanhamento multidisciplinar, campanhas de conscientização e educação em saúde e exames periódicos semestrais ofertados pela empresa. Observou-se, ainda uma maior prevalência para o risco intermediário de desenvolver doenças cardiovasculares, em dez anos.
Referências:
SILVA, S. S. B E; OLIVEIRA, S. F. S. B; PIERIN, A. M. G. The control of hypertension in men and women: a comparative analysis. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, v. 50, n. 1, p.50-58, fev. 2016.