Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

Tamanho da fonte: 
O CURRÍCULO REFLETIDO: poder de fomentar cultura e trilhar passos à justiça social
Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha, Naira Zanelli Costa, Ana Amélia de Souza Pereira, Cristiano Andrade Quintão Coelho Rocha

Última alteração: 2018-10-21

Resumo


Introdução: A Estrutura Curricular deve ser afirmada em um percurso para o conhecimento que o aluno irá fazer ao longo de sua vida escolar. O currículo, por vezes, é visto como matérias constantes de um curso, o que demanda a necessidade de compreendê-lo com maior profundidade. Sua composição é abarcada por um conjunto de disciplinas a serem aplicadas, servindo como um guia do professor, trazendo um resultado pretendido de aprendizagem quando refletido e empregado com criticidade. Existem dois tipos de currículo, o formal e o informal. O currículo formal diz respeito ao conhecimento acadêmico embasado teoricamente, já o informal tem características do senso comum, da vida diária e refere-se ao que o aluno aprendeu em meio a sua cultura e suas crenças. O currículo deve ser pensado e compreendido como uma reflexão pedagógica e deve se levar em consideração as vivências e as práticas sociais de cada um dos alunos. Segundo Ferraço (2008), o currículo envolve relações entre o poder, cultura e escolarização, representando as interações e as relações presentes no cotidiano escolar. Objetivo: Este estudo implica em promover reflexões acerca da importância da Estrutura Curricular estar relacionada às vivências sociais dos alunos. Metodologia: Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica no intuito de oportunizar análises críticas sobre a Estrutura Curricular e os desafios sociais advindos da realidade social dos alunos. Resultados e discussão: O currículo é fortemente influenciado pelas questões sociais, por isso, é muito importante que ele seja trabalhado de acordo com a história atual do País, funcionando como uma ponte entre a escola e a sociedade. Moreira e Silva (1995 apud Ferraço, 2008) denotam que o currículo não é inocente e neutro, muito pelo contrário, se torna comprometido quando mal executado dentro dos princípios éticos, com relações de poder que distribuem desiguais oportunidades aos diferentes grupos socioculturais, intervindo no processo de seleção, transmissão e avaliação do conhecimento. Atualmente, o currículo deve ser empregado para criar cidadãos críticos e atualizados sobre as questões sociais que os rodeiam, por isso, ele deve ser aplicado de forma que relacione as disciplinas às práticas sociais. O papel do professor nesse processo é de suma importância, porque ele é o grande mediador dessa situação. É o professor que vai relacionar as disciplinas propostas pelo currículo com as vivências de seus alunos. Para Freire (1975, apud Ferraço, 2008) não é simplesmente depositar ou transferir conhecimentos, mas sim, um ato de conscientização e de problematização de situações, sendo libertador na relação entre sujeito-objeto, quando o sujeito adquire a capacidade de entender, de forma crítica, a unidade dialética entre o eu e o objeto. Outra questão a ser enfatizada é a flexibilidade com que o currículo deve ser trabalhado, já que a cultura muda com o passar do tempo. Conclusão: Conclui-se, que é necessário compreender o conhecimento do aluno adquirido com a experiência e relacioná-lo com as disciplinas. Trazer reflexões sobre as realidades sociais, tornando a aula mais interessante para eles, e também fazendo com que se tornem alunos críticos e reflexivos sobre o conteúdo, transformando o processo de ensino-aprendizagem significativo.


Palavras-chave


Currículo, Questões sociais, Cultura, Reflexão.