Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

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O CENÁRIO DA EJA: reflexões acerca das práticas pedagógicas em alfabetização
Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha, Mariana Costa Ribeiro, Ana Amélia de Souza Pereira, Cristiano Andrade Quintão Coelho Rocha

Última alteração: 2018-10-21

Resumo


Introdução: Existe no país um sistema educacional caracterizado como uma modalidade de ensino chamada EJA (Educação de Jovens e Adultos). Este sistema é amparado por lei e é composto por um grupo de alunado que não tiveram acesso ao ensino regular na idade apropriada. Geralmente, é depois da adolescência que a pessoa passa a buscar o conhecimento escolar porque reconhece que necessita do aprendizado. As causas de não ter se alfabetizado na infância podem ser várias, como o fato de ter que trabalhar para sobreviver ou não ter acesso a escola no local onde mora. Os alunos da EJA são, em maioria, pessoas vindas de famílias de baixa renda e com pouca instrução, fato gerador de repressão e discriminação pela sociedade. Objetivo: Este estudo implica em promover reflexões acerca da importância da Educação de Jovens e Adultos como ferramenta de facilitar e melhorar a vida do indivíduo. Metodologia: Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica no intuito de refletir sobre a EJA e suas contribuições advindas do exercício prático. Resultados e discussão: É muito gratificante para uma pessoa leiga poder aprender a ler e escrever, sendo assim, contemplada por um mundo novo, repleto de novos conhecimentos. Alfabetizar é nutrir a possibilidade de proporcionar grandes mudanças e novas oportunidades. Para os professores é fundamental saber como acontece o processo de alfabetização de jovens e adultos e promover aos alunos estratégias de ensino incentivadoras para que tenham motivação, não deixando que os problemas rotineiros os afastem do âmbito escolar. Os educandos de EJA vão para a escola após um longo dia de serviço, apresentam fadiga e cansaço mental, ao contrário de uma criança que não trabalha e não assume atribuições do mundo adulto. Alfabetizar jovens e adultos é muito mais que repassar noções de leitura e escrita, ou seja, o professor alfabetizador é um mediador entre o aluno e o conhecimento, sendo importante que ele utilize uma linguagem simples e acessível. Ainda, precisa estar bem informado, motivado e querendo realizar um trabalho de construção. A interdisciplinaridade deve fazer parte também desse processo, temas como ética, valores e cidadania podem guiam a construção do conhecimento. Conclusão: Conclui-se, a partir dos pressupostos teóricos de Paulo Freire (2002) que há uma sintonia entre o professor e os alunos, de forma que um aprende com o outro por meio de troca de saberes. Alfabetizar na EJA envolve também a afetividade, o gosto e a responsabilidade. Libâneo (2003) denota que “A escola de hoje precisa não apenas conviver com outras modalidades de educação não formal, informal e profissional, mas também articular-se e integrar-se a elas, a fim de formar cidadãos mais preparados e qualificados para um novo tempo.” Nesta concepção, é fundamental que o professor de EJA tenha a consciência da importância de proporcionar aos alunos um aprendizado reflexivo, crítico, a partir da práxis pedagógica ancorada ao exercício democrático dos direitos e deveres impulsionando ao mundo futuros agentes cidadãos.

Palavras-chave


Freire, alfabetização, desenvolvimento e aprendizagem, mediação, educação de jovens e adultos.