Introdução: A criança, sujeito em fase de formação, com características peculiares, necessita de educação e cuidados que favoreçam sua constituição como indivíduo e, para tanto, precisa ser amada, aceita, acolhida e ouvida para que possa despertar para a vida na curiosidade e aprendizado. Nesse sentido, a afetividade, considerada essencial às relações humanas, se faz fundamental, principalmente quando se trata de educação, sendo a facilitadora do processo de ensino aprendizagem e importante na mediação professores e alunos. A afetividade como elemento indutor da aprendizagem não é uma ideia recente. Segundo Ferrari (2008), a escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar como inspirar-se no ambiente familiar, mas também capaz de oferecer uma atmosfera de segurança, aprendizado e afeto. Segundo ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral, isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade. Diante disso, é fundamental ressaltar as relações de afetividade na educação escolar entre professor-aluno como motivação para essa pesquisa. Visto ser a escola um dos espaços mais importante na vida de uma criança, deve-se conscientizar diretores, pedagogos, educadores, pais e políticos sobre esse assunto. A relação entre aluno e professor não é somente uma relação de ensino e aprendizagem, mas também uma relação de afetividade, de emoção e interatividade. Objetivo: Tem-se como objetivo deste trabalho analisar de que forma a afetividade influencia no processo ensino-aprendizagem dos alunos no âmbito escolar. Especificamente buscar compreender a importância da relação afetiva entre professor e aluno. Metodologia: Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica que busca verificar os desafios das creches em associar o afeto e o cuidar de uma maneira significativa no desenvolvimento da criança e compreender como o professor pode influenciar nesse processo de construção de vínculos afetivos no ambiente escolar. Resultados e discussão: A escola é, por excelência, a primeira área de ação do ser humano desencadeadora de emoções (Wallon, 2007), ratificando que o afeto é uma condição necessária para a constituição da inteligência (Piaget, 1994 p.129 citado por Rossetti e Ortega 2012). A afetividade influencia a aprendizagem, pois se mantém um ritmo, uma rotina que se repete, sem ser repetitiva. Traçam-se objetivos diários de forma que o cuidar aconteça de maneira natural. Para Fávero (2005), cria-se uma espécie de simbiose afetiva entre a criança e o seu meio. Sua iniciação à vida psíquica é uma participação em situações que estão sob a dependência estreita do professor, neste caso, que elas recebem os cuidados. Conclusão: Conclui-se, portanto, que a afetividade é essencial no processo de ensino e aprendizagem das crianças na escola. Confirmou-se que o afeto entre o professor e o aluno melhora consideravelmente o aprendizado. O bom professor é aquele que conquista seus alunos dentro do ambiente escolar. O afeto pode ser trabalhado dentro da sala de aula por meio dos gestos, do modo de falar, do toque carinhoso. As crianças que recebem afeto são mais carinhosas, mais concentradas e realizam melhor as atividades propostas, aprendendo de maneira mais qualitativa e significativa.