Última alteração: 2018-10-10
Resumo
Introdução:A educação de surdos tem sido alvo de muitas indagações, principalmente quando se discuti a inclusão desses alunos na escola regular. As demandas específicas dessas pessoas não podem ser desconsideradas pelas escolas, que tem a responsabilidade de garantir um efetivo processo de escolarização de seus alunos. A educação inclusiva parte do princípio de que a escola comum é o lugar de direito de todos.Diante disso, o papel da educação inclusiva se direciona na busca de uma educação que traga a todos os alunos acesso ao ensino-aprendizado, de modo que suas necessidades sejam levadas em consideração. No que diz respeito aos alunos surdos deve ser levado em considerado tanto a sua especificidade linguística quanto cultural.A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/2008) define a educação especial como modalidade de ensino transversal a todos os níveis e modalidades, realizada de forma complementar ou suplementar à escolarização dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, matriculados em classes comuns do ensino regular. Nesse sentido, a Política orienta os sistemas de ensino para garantia do ingresso dos estudantes com surdez nas escolas comuns, mediante a oferta da educação bilíngue, dos serviços de tradutores intérpretes de Libras/Língua Portuguesa e do ensino de Libras. Objetivo: O presente ensaio visa discutir a respeito da inclusão dos alunos surdos no ensino regulare de suas dificuldades. Metodologia: O método de pesquisa visa analisar artigos comdocumentos vigentes voltados para as leis da inclusão hoje no Brasil e também artigos que discutem a respeito das dificuldades que esse meio de inclusão sofre, como por exemplo a falta de formação de professores em língua de sinais.Resultados e discussão: A Declaração de Salamanca trás em seu texto elencados aos pais o direto de escolha sobre a educação de seus filhos, cabe à família escolher o que julga ser melhor nessa etapa do aprendizado. A lei também deixa claro que o aluno com surdez tem o direito de ser alfabetizado nas duas línguas, em Libras e em Português. É continuo o conhecimento dos professores, se trata de uma formação docente e regulamentada conforme a Lei atual de Diretrizes e Base de Educação Nacional que prevê a atuação de professores com qualificações em nível médio ou superior, contudo exercendo o atendimento diferenciado e especializado, assim como os professores da rede de ensino fundamental e qualificado para atuarem com alunos com necessidades educacionais especiais em classe. Os professores têm que ser capazes de analisar os domínios de conhecimentos atuais dos alunos, e suas diferentes necessidades conforme seu processo de aprendizagem, bem como, criar atividades e materiais acessíveis, além de analisar formas de avaliar os alunos para aprimorar o atendimento e qualificar os mesmos, para os alunos. Mas, infelizmente essas leis não são cumpridas à risca. Existem muitas escolas que não levam em consideração a LIBRAS, de modo que os surdos sofram as consequências da falta de comunicação por meio de sua língua natural, cuja modalidade é bem diferente das línguas da maioria dos estudantes envolvidos no processo educativo. A língua de sinais por ser uma língua de modalidade viso-espacial, forma pela qual o surdo aprende as informações, já que não tem acesso às influências da parte auditiva é a maneira mais adequada para garantir com sucesso a sua comunicação e também a aprendizagem do aluno.Conclusão: Conclui-se que apesar das leis a favor da inclusão dos surdos no ensino do país, infelizmente muitas delas não são colocadas em prática. Por isso, para que haja inclusão do aluno surdo é necessário que as pessoas envolvidas no processo educacional façam um esforço, no sentido de se livrarem de modelos pré-determinados de homem, de entenderem a importância de que o aluno realize suas próprias elaborações, que compartilhe suas dúvidas, suas descobertas e seu poder de decisão. Ainda, vale ressaltar que ainda precisa de muitos estudos nessa área, sendo extremamente necessária a presença de intérpretes na língua de sinais na escola ou a aquisição desta língua por parte de todos os professores do ensino brasileiro, através de cursos e capacitações que, muitas vezes, são oferecidas pelo Governo, com o intuito de contribuir para o enriquecimento de aprendizagem e da inclusão de todos. Ademais, é válido destacar que as escolas precisam de investimento em materiais, principalmente quando se trata da inclusão pela língua de sinais e que requer de adaptações para melhor atender os educandos surdos.