Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

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A importância da afetividade no processo de alfabetização
Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha, Júlia Nogueira Marotta, Cristiano Andrade Quintão Coelho Rocha

Última alteração: 2018-10-21

Resumo


Introdução: É essencial para um professor que ele participe do processo de alfabetização do seu aluno, de forma a contribuir tanto tecnicamente, transmitindo conhecimento e ensinando, quanto afetivamente, gerando condições motivadoras e vivenciando todo esse processo ao lado do seu aluno. A criança tende a se espelhar em uma figura que transmita para ela confiança, carinho e respeito. Na maioria das vezes, o professor acaba sendo essa pessoa na qual a criança se baseia e muitas vezes até imita. Segundo Wallon (1975), a afetividade é o principal elemento que media a relação social da criança com o meio. A criança necessita de afeto para desenvolver suas emoções, para se diferenciar do meio e para adquirir conhecimento. Todo esse processo de alfabetização é muito complexo para a criança. Porém, o professor deve ser um bom mediador e além de ensinar, deve educar. A afetividade também está ligada ao processo de aprender através de vivências e experiências concretas. A criança que aprende através das práticas, do fazer, do concreto, tem seu processo cognitivo e de conhecimento desenvolvido de forma mais rápida e objetiva. O professor que leva afeto para a sala de aula obtém facilmente resultados positivos de seus alunos, pois cativa-os e gera condições motivadoras para que as crianças tenham prazer em aprender e se desenvolver. Objetivo: Este estudo tem como objetivo causar uma reflexão e análise da importância da afetividade no processo de alfabetização, mostrar que a afetividade e a alfabetização estão diretamente interligadas. Metodologia: Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica no intuito de oportunizar análises críticas sobre a afetividade e da sua contribuiçãono processo de alfabetização. Resultados e discussão: Deste modo, a afetividade contribui de forma engrandecedora para que a alfabetização enriqueça ainda mais os conhecimentos obtidos pela criança. A afetividade deve estar o tempo todo presente no contexto escolar, não basta apenas ensinar conteúdos técnicos. A criança só consegue lidar com suas emoções e sentimentos, só aprende a ter afeto e empatia pelo próximo quando começa a vivenciar situações em que estas variáveis são trabalhadas. O afeto traz todas essas emoções para a sala de aula e faz com que a criança sinta prazer em aprender impulsionando motivação. Conclusão: Conclui-se, a partirda teoria de Pestalozzi (1997), que denota que o afeto deve estar sempre presente no ensino e no método pedagógico, através das práticas, vivências contempladas pelo “aprender fazendo”. Portanto, é papel do professor demonstrar suas emoções e sentimentos para com seus alunos, pois este gesto pode contribuir grandiosamente no processo de formação do ser e principalmente no processo cognitivo e de alfabetização. O educador deve sempre olhar o educando em sua individualidade, levando em consideração o seu potencial e tudo aquilo que afeta direta e indiretamente o seu processo de construção de conhecimento. Ainda segundo Pestalozzi (1997), o afeto é uma forma de educar a criança sem moldá-la, deve-se respeitar sua natureza e deixa-la ser por si só.


Palavras-chave


Afetividade; Alfabetização; Educação; Criança; Professor.