Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

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RELAÇÃO ENTRE O MÉDICO CONHECEDOR DE LIBRAS E O PACIENTE COM SURDEZ
Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha, Clara Vitral de Sá, José de Alencar Ribeiro Neto, Cristiano Andrade Quintão Coelho Rocha

Última alteração: 2018-10-10

Resumo


Introdução: A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) representa uma conquista para a parcela da população com surdez e, devido a sua importância, deveria ser disseminada para o restante da população.Uma relação médico-paciente de qualidade visa à boa comunicação entre ambas às partes, algo que deveria ocorrer independente do paciente apresentar alguma deficiência ou não. Logo, o relacionamento efetivo entre pacientes surdos e médicos ocorre através do conhecimento e prática de LIBRAS também pelo último, o que pode ser garantido pelo ensino de LIBRAS em sua formação acadêmica. Dessa forma, é possível uma assistência à saúde mais humanizada e resolutiva.Objetivo: Destacar a importância do conhecimento da Língua Brasileira de Sinais pelo profissional médico em um atendimento de qualidade aos pacientes com surdez, através de uma formação acadêmica que abranja disciplina que ensine LIBRAS.Metodologia: Foi realizada revisão de literatura nos meses de fevereiro e março de 2018. Os critérios utilizados na seleção dos artigos foram a presença da relação entre médico e paciente surdo, além da comunicação por LIBRAS e a importância de se aprender LIBRAS na formação acadêmica, através da pesquisa das palavras-chaves correspondentes, combinadas entre si. Resultados e Discussão: A relação médico-paciente fica abalada caso a comunicação entre ambos os grupos não estiver ocorrendo da melhor forma possível. E isso é viável através de comunicação em LIBRAS, direito garantido à comunidade surda por meio da Lei 10.436/02. Caso o profissional não saiba utilizar LIBRAS, o paciente fica exposto a situações de humilhação, de dependência a amigos, familiares, intérpretes e de não efetivação integral do seuatendimento.Além disso, a própria legislação demanda essa necessidade, como o Decreto n° 5.626/05, que regulamenta que em uma unidade de saúde pelo menos 5% dos funcionários saibam LIBRAS. Outro fato a ser analisado, é que abarcar o direito a comunicação,envolve o respeito aos princípios do SUS que se ancoram na integralidade, equidade e universalidade do serviço. Logo, a capacitação dos profissionais de saúde, para atender esses pacientes é uma necessidade urgente, sendo necessário desprender-lhes uma formação que contemple os métodos de comunicação, cultura surda, noções básicas de sinais, leitura-labial e estratégias de como se posicionar frente ao atendimento do surdo, assegurando o acesso aos cuidados de saúde. Decerto é de extrema importância o ensino de LIBRAS nos cursos da área da saúde, especialmente no curso de Medicina.Conclusão: A inclusão das pessoas com surdez no sistema de saúde é primordial e garantida pela Política de Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência. Assim, uma formação acadêmica que contémdisciplina de LIBRAS permite a formação de um profissional preparado para atender esse grupo de pessoas, o que torna a relação médico-paciente mais humanizada e, consequentemente, eleva a qualidade do suporte à saúde e o exercício da Medicina. Além disso, respeita o direito garantido ao paciente com surdez e faz com que a assistência à saúde se torne mais inclusiva.


Palavras-chave


Surdez; Comunicação; Relações Médico-Paciente; Formação; LIBRAS.