Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

Tamanho da fonte: 
Prevalência da Compulsão Alimentar em estudantes
Paulo Vitor Vieira Ferreira, Gustavo Leite Camargos

Última alteração: 2018-10-10

Resumo


RESUMO

Introdução: Nota-se que inúmeros universitários do curso de educação física se encontram acima do peso/obesos, e esse fato pode estar sendo causado por possuírem compulsão alimentar. A compulsão alimentar pode ser causada pelo fato de profissionais ou futuros profissionais da área da saúde sofrerem pressões para se encaixar em um padrão de beleza imposto pela sociedade. Objetivo: Com base no que foi exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar a possível associação

entre medidas antropométricas e comportamento de compulsão alimentar em estudantes do curso de educação física de uma instituição do sudeste de Minas

Gerais. Metodologia: Para a realização dessa avaliação foi utilizado a escalada compulsão alimentar periódica (ECAP) para avaliar o nível de compulsão alimentar dos universitários e o questionário de Baecke para avaliar a atividade física habitual (AFH) dos últimos 12 meses. Foi realizado a análise descritiva de média,

desvio padrão e frequência bem como o teste Qui-quadrado entre IMC, ECAP e entre o Questionário de Baecker e o ECAP. Ainda foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para determinar a normalidade. Foi observado nesse estudo que não houve diferença significativa em relação a compulsão alimentar e o nível

de obesidade/sobre peso em futuros profissionais da aréa de educação física desta instituição de ensino do sudeste de Minas Gerais. Resultados: A amostra do estudo foi composta por 57 indivíduos com média de idade de 23,93 (± 4,47) anos, sendo 39 (68%) do sexo masculino e 18 (32%) do sexo feminino. Quanto ao IMC, 2 (4%) participantes foram classificados abaixo do peso normal, 28 (49%) com peso normal, 21 (37%) com excesso de peso, 5 (9%) com obesidade nível 1 e 1 (2%) obesidade nível 3.  Já, para o RCQ identificou-se que 28 (49%) apresentaram baixo risco cardiovascular, 21 (37%) moderado risco, 5 (9%) alto risco e 3 (5%) muito alto risco. Para a avaliação do nível de atividade física, utilizou-se o Questionário de Baecke. Os resultados foram categorizados por tercil sendo o 1º tercil (entre 3,5 e 5,26) com 14 (25%) da amostra, o 2º tercil (entre 5,27 e 7,03) com 30 (53%) pessoas e o 3º tercil (entre 7,04 – 8,80) com 13 (23%). Quanto aos resultados do ECAP, foi possível perceber que, 52 (91%) da amostra foi categorizado Sem CAP e 5 (9%) com CAP moderado. Para o BSQ, 47 (82%) foram categorizados no padrão normal, 7 (12%) com Leve distorção, 3 (5%) com moderada distorção. Quando estratificados por sexo, os resultados obtidos nos níveis de BSQ e ECAP não apresentaram diferenças estatisticamente significativa entre os grupos (p>0,05). Desta forma, na amostra estuda foi possível perceber que não houve diferença entre os sexos para os resultados de distorção de imagem corporal e de compulsão alimentar. Ao se aplicar o teste Qi-quadrado para avaliar se houve associação estatisticamente significativa entre as variáveis ECAP e RCQ bem como ECAP e BSQ, foi possível perceber que em ambos os grupos o p valor apresentou significância estatística (0,0021 e 0,0009, respectivamente). Contudo, ao aplicar o teste de correlação entre as mesmas variáveis, verificou-se que não houve uma correlação alta entre estas variáveis (< 70). Conclusão: Foi possível perceber que houve uma associação moderada entre as medidas antropométricas e comportamento de compulsão alimentar em estudantes do curso de educação física, contudo, essa diferença não se estabeleceu quando avaliados por sexo.