Introdução: desde o descobrimento do Brasil a sociedade brasileira se desenvolveu de forma heterogênea, possuindo níveis sociais distintos. Historicamente temos a construção de uma nação de desigual, onde a ocupação de espaços sociais se dá de diferentes maneiras, sendo estas dependentes da classe social, bem como da raça/cor/etnia dos indivíduos. Nesse país marcado pela desigualdade, os negros e indígenas possuem os piores níveis de escolaridade, os piores empregos e ainda têm os menores índices de acesso a bens e serviços sociais. Estas desigualdades levam ao isolamento espacial e social, a restrições à participação política e também à miséria material. Infelizmente, este processo, por nome racismo, encontra-se arraigado à cultura, ao tecido social e aos comportamentos sociais dos brasileiros (MUNANGA, 2006). Ante ao exposto é fundamental pensar na formação de futuros profissionais da saúde, sendo estes apitos à realização do atendimento holístico ao público supracitado, além de estarem preparados para o combate às situações de racismo. Objetivo: discorrer sobre a experiência de acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal de Viçosa na participação de uma mesa redonda sobre a abordem à saúde da população negra e ao racismo na saúde. Métodos: trata-se de um relato de experiência sobre uma mesa redonda, realizada na disciplina de Saúde Coletiva com o tema: Saúde da População Negra. Inicialmente foi feita a leitura de algumas frases que abordavam o combate ao racismo, em seguida, deu-se início a uma mesa redonda, contando com a presença de uma militante do movimento negro, a qual trouxe reflexões sobre os problemas enfrentados pela população Negra, sobretudo no acesso à bens e direitos, bem como as interferências  no acesso dessa população aos serviços de Saúde geradas pelo racismo. , a mesa teve duração de três horas. Resultados: a mesa redonda forneceu espaço para os estudantes colocarem seus questionamento acerca da Saúde da População Negra, ofereceu uma abertura para o início das discussões sobre o racismo como determinante social de saúde, além de explicitar o quanto são escassas as publicações cientificas que abordem a atuação da Enfermagem na Saúde da População Negra e na garantia da equidade .Conclusões: tal espaço de discussão além de modificar a ótica que os estudantes estão habituados, coloca em evidência o Racismo presente no cotidiano dos profissionais de saúde, revelando   a importância de se discutir esse tema na graduação. Visto que assim é possível mudar a visão de futuros profissionais, podendo garantir um melhor atendimento à uma população historicamente negligenciada.