Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

Tamanho da fonte: 
Revisão narrativa sobre os principais cânceres que acometem o público infantojuvenil
João Vitor Andrade, Ana Luiza Rodrigues Lins

Última alteração: 2018-10-10

Resumo


INTRODUÇÃO: o Câncer Infantojuvenil (CI), intitulado assim por compreender a idade de 0 a 19 anos, apresenta características próprias, concernentes à histopatológica e ao comportamento clínico (RIBEIRO, VALENÇA e BONAN, 2016). Seus principais sinais e sintomas de alerta são: cefaleia, êmese, nódulos, edemas, dor óssea e em membros, hematomas e alterações oculares(BRASIL, 2017). A sobrevida de pacientes com CI depende essencialmente da localização do tumor, da histologia e do estadiamento da doença ao diagnóstico (RIBEIRO, VALENÇA e BONAN, 2016).  Em 2014 o CI foi responsável por 2.724 óbitos, sendo a segunda causa de mortalidade infantojuvenil, ultrapassada somente pelas causas externas (BRASIL, 2017). A incidência de novos casos de CI no Brasil cresce anualmente, e segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2018), são esperados 12.500 novos casos para o ano de 2018. OBJETIVO: analisar na literatura os principais tipos de cânceres que acometem crianças e adolescentes. MÉTODO: trata-se de um estudo descritivo de revisão narrativa da literatura, onde não se objetiva saturar os achados e nem mesmo desvendar todos seus entremeios. O presente, foi realizado através de levantamento bibliográfico detalhado, utilizando o Portal de Periódicos da CAPES e a Biblioteca Virtual de Saúde, assim, como também livros e sites especializados na temática como o INCA e a International Agency For Research On Cancer. Critérios de inclusão: produções disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol; artigos, dissertações ou teses com aderência à temática objetivada. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre os tipos de CI, a “leucemia” é o mais comum variando de 25%-40% do total de casos (BRASIL, 2017; INCA 2018; GLOBAL CANCER OBSERVATORY, 2017; BOUZAS e CALAZANS, 2007). Nos países desenvolvidos os “tumores do sistema nervoso central” são o segundo mais frequente, variando de 17%-25% dentre as neoplasias pediátricas, seguidas pelos “linfomas” (12%) (BRASIL, 2017), já nos países em desenvolvimento, essa ordem se altera (GLOBAL CANCER OBSERVATORY, 2017; BOUZAS e CALAZANS, 2007). Na sequência temos: “neuroblastoma” (8%)(BRASIL, 2017), “tumor de Wilms, dos rins” (6%)(GLOBAL CANCER OBSERVATORY, 2017; RODRIGUES e CAMARGO,  2003), “tumores de partes moles” (5%)(RIBEIRO, VALENÇA e BONAN, 2016; BOUZAS e CALAZANS, 2007). e “tumores ósseos” (5%)(BRASIL, 2017; INCA 2018; GLOBAL CANCER OBSERVATORY, 2017; RODRIGUES e CAMARGO,  2003). O tratamento do CI começa com o diagnóstico correto, que pela complexidade deve ser efetuado em centro especializado, compreendendo três modalidades principais: quimioterapia, cirurgia e radioterapia (BRASIL, 2017). Sendo o trabalho da equipe multiprofissional um fator determinante para o êxito do tratamento (RIBEIRO, VALENÇA e BONAN, 2016; BRASIL, 2017; RODRIGUES e CAMARGO, 2003). CONCLUSÃO: O CI é potencialmente curável, mas é necessário o diagnóstico precoce. Possibilitando tratamento mais rápido e menos desconfortável, maior ou total chance de cura, com poucas ou nenhuma sequela, e menores custos, tanto para os familiares quanto sociais e econômicas.


Palavras-chave


Incidência, Neoplasias, Criança, Adolescente

Referências


RIBEIRO, I. L. A; VALENÇA, A. M. G; BONAN, P. G. F. Odontologia na oncologia pediátrica. João Pessoa: Ideia, 2016. 138p. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/304462627_O_cancer_infantil_dos_primeiros_sinais_e_sintomas_ao_diagnostico>. Acesso em 23 set 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Protocolo de diagnóstico precoce para oncologia pediátrica [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 29 p. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/protocolo-de-diagnostico-precoce-do-cancer-pediatrico.pdf>. Acesso em 23 set 2018.

INCA. Instituto Nacional de Câncer. Brasil. Estimativa 2018/2019: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2018, 130 p. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/estimativa-2018.pdf>. Acesso em 23 set 2018.

GLOBAL CANCER OBSERVATORY – GCO. Platform global cancer statistics to inform cancer control and research. Disponível em: <http://gco.iarc.fr>. Acesso em 23 set 2018.

BOUZAS, L. F; CALAZANS, M. Tumores sólidos e hematológicos na infância e na adolescência-Parte I. Adolesc Saude. v. 4, n. 1, p. 40-44, 2007. Disponível em: <http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=119>. Acesso em 23 set 2018.

RODRIGUES, K. E; CAMARGO, B. Diagnóstico precoce do câncer infantil: responsabilidade de todos. Rev. Assoc. Med. Bras. v. 49, n. 1, p. 29-34, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302003000100030&l ng =en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em 23 set 2018.