Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

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O PROVIDA NA PROBLEMATIZAÇÃO DE HÁBITOS DE VIDA: MÉTODO DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
João Vitor Andrade, Ana Helena Moretto Capobiango, Maria Abreu Gott Cunha, Bruna Paradelo Cardoso, Eliana Carla Gomes de Souza

Última alteração: 2018-10-10

Resumo


Introdução: Ao analisarmos a transição epidemiológica, observamos nesse início de século que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), possuem incidência semelhante às grandes endemias dos séculos passados. Isto fica claro observando as projeções futuras da Organização Mundial da Saúde (OMS), as quais explicitam que as DCNT seriam atualmente a maior causa de morte no mundo, sendo responsáveis, no ano de 2012, por um total de 38 milhões (67,85%) de mortes, das 56 milhões previstas para tal ano (OMS, 2014). Segundo estes dados da OMS, no Brasil, identificaram-se em 2013, que as mortes por DCNT chegaram a 72,6% dos óbitos no referido ano. Frente a esse contexto o projeto de extensão PROVIDA trabalhou com crianças a prevenção e controle dessas doenças, visto que os hábitos de vida, sobretudo alimentares, via de regra, são estabelecidos durante a infância. Objetivo: Relatar a experiência do PROVIDA, acerca das oficinas intituladas prevenção de DCNT, realizadas no ano de 2016, em escolas municipais na cidade de Viçosa-MG, com alunos entre 8 e 12 anos de idade. Método: O presente trabalho constitui-se de um relato de experiência sobre oficinas educativas, baseadas no método da problematização, com intuito de gerar uma aprendizagem efetiva, sobre as DCNT e o câncer, e suas respectivas metodologias de prevenção, compactuando o conhecimento científico à realidade dos indivíduos participantes do processo. Para tal utilizamos cartazes autoexplicativos sobre os alimentos que mais contém agrotóxicos, materiais criados segundo metodologias ativas, como a pescaria de alimentos saudáveis e não saudáveis, apresentação da quantidade de açúcar e gordura dos alimentos, e questionário interativo sobre os mitos e verdades em relação aos alimentos e as DCNT. Resultados e discussão: Por meio do diálogo foram respondidas as dúvidas que os participantes levantaram sobre a temática e fortalecida a implementação de hábitos de vida saudáveis. Através do método da problematização foi perceptível que as crianças compreenderam a importância de uma vida saudável visando um melhor bem-estar e possível prevenção das DCNT. Conclusão: As oficinas propiciaram a reflexão por parte das crianças sobre o papel da alimentação e dos hábitos saudáveis de vida e as repercussões no processo saúde-doença-adoecimento. Em suma, percebe-se a necessidade de sólidas parcerias no âmbito social-acadêmico visto que as oficinas foram amplamente aceitas e exitosas na sensibilização das crianças.


Palavras-chave


Doenças crônicas, Educação em Saúde, Hábitos de vida

Referências


OMS - Organização Mundial da Saúde. Global status report on noncommunicable diseases 2014. Geneva: OMS. 302p. Disponível em: <http://www.who.int/nmh/publications/ncd-status-report-2014/en/>. Acesso em 23 set 2018.