Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

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EXPERIÊNCIA DE DOENÇA PERCEBIDA POR ALUNOS DE MEDICINA NO CONTATO COM IDOSOS DO ASILO SÃO VICENTE DE PAULO EM UBÁ-MG
Ana Carolina Lopes Martins, Douglas Costa Silva, Filipe Alves Chagas, Alex Fabrício de Oliveira, Rodrigo de Barros Freitas, Bruna Alves Pacheco, Mabelle Fragoso de Souza, Tiago Antoniol

Última alteração: 2018-10-12

Resumo


OBJETIVO GERAL: A percepção e a consideração pelo médico das experiências do doente diante de sua patologia permitem um tratamento mais eficiente e consciente por considerar as realidades que permeiam a vida de cada indivíduo. Estar atento às perspectivas individuais de cada paciente para além da postura biomédica colaboram para a construção de uma relação médico-paciente pautada no respeito e na confiança de ambas as partes. MATERIAIS E MÉTODOS:A experiência se deu como consequência de visitas à instituição de longa permanência sob supervisão para se operacionalizar um projeto de iniciação científica cujo tema envolve os marcadores de estresse oxidativo em pacientes com Doença de Alzheimer. RESULTADOS: A partir das experiências que envolveram a coleta de sangue e aplicação de Testes do Mini Exame do Estado Mental, os estudantes puderam tomar consciência que 1) os fatores individuais como a debilidade física que os pacientes modifica completamente a aplicação de procedimentos técnicos padronizados; 2) a vivência do sofrimento diante da patologia e das dificuldades de acesso a recursos de algumas populações constituem objeto de engajamento e sofrimento para o profissional que as assiste e 3) que fatores sociais - como a escolaridade - afetam a progressão e expressão dos sintomas mesmo de doenças com forte determinação biológica. DISCUSSÃO: Concluímos que a experiência de contato com populações vulneráveis e com alto índice de sofrimento mental pode contribuir significativamente para a formação de médicos com competências humanísticas, na medida em que esse tipo de experiencia promove a integração de conhecimentos técnicos a habilidades psicossociais de captar e responder às experiências emocionais do paciente. O convívio e assistência a pessoas com sofrimento mental pode contribuir para a capacitação do médico generalista tanto na aquisição de conhecimentos específicos sobre os transtornos mentais quanto para a capacidade de acolher o sofrimento mental que acompanha as demais doenças da clínica médica.

 


Palavras-chave


Formação médica; Humanização; Sofrimento mental.